O CINEMA COMO MEIO DE PROPAGAÇÃO IDEOLÓGICA EM CONFLITOS HISTÓRICOS
Palavras-chave:
Cinema, Propaganda, Política, Ideologia, Manipulação das massasResumo
O cinema, como forma de expressão artística, reflete uma visão única de seu autor. Desde sua concepção em 1895, essa nova maneira de contar histórias por meio de imagens em movimento cativou bastante o público. Governos e instituições ideológicas rapidamente perceberam esse potencial, transformando o cinema em uma poderosa ferramenta de propaganda. Isso se tornou ainda mais perceptível em conflitos históricos como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, em que o cinema foi utilizado como uma verdadeira arma para influenciar e moldar opiniões. Objetivo: Traçar um paralelo entre esses marcos históricos e como a sétima arte foi utilizada naquele período, analisando semioticamente filmes como “Missão em Moscou” (EUA, 1943) e “Terra Transe” (Brasil, 1967), a fim de entender essas mensagens políticas eram encaixadas na trama e propagadas para o público. Metodologia: Foram feitas pesquisas bibliográficas, apoiando-se em artigos que retratam a época em que essas obras foram lançadas. Foram feitas análises semióticas, considerando os aspectos audiovisuais das obras. A abordagem do estudo foi de natureza qualitativa. Resultados: Foi possível perceber o tamanho da influência que o cinema tem no seu público. Aspectos gráficos, textos encenados, narrativas comoventes, todos elementos utilizados na propaganda também foram percebidos nas obras, as quais queriam passar uma ideia ou gatilho nas entrelinhas. Essas mensagens escondidas ou só pinceladas na narrativa de um filme ficam presas ao subconsciente do indivíduo após ele consumir a obra. Isso depois se reflete em suas opiniões e escolhas do cotidiano. Nas mãos erradas, o cinema se torna uma arma poderosa de controle, retirando totalmente o princípio da arte. Conclusão: Para Oscar Wilde (1854-1900), “a vida imita a arte mais do que a arte imita a vida”. Como o cinema, a arte deve ser estudada e debatida. O saber e o senso crítico do indivíduo são escudos contra a imposição de ideias e ideologias, geralmente presentes no cinema.