ANÁLISE DA TAXA DE INADIMPLÊNCIA DO MEI NA PREVIDÊNCIA SOCIAL ANTES E PÓS PANDEMIA DO COVID-19

Autores

  • Pedro Sousa Borges Teixeira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Moisés Ávila da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

Inadimplência, MEI - Microempreendedor Individual, Previdência Social, Pandemia, Sustentabilidade Financeira

Resumo

Introdução: A pandemia de COVID-19 trouxe graves consequências econômicas e sociais, afetando as finanças de diversos segmentos, incluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs). Este grupo representa uma parcela expressiva dos empreendedores no Brasil, especialmente entre os profissionais que buscaram formalizar-se em busca de benefícios previdenciários e fiscais. Contudo, a inadimplência dos MEIs junto à Previdência Social tornou-se uma preocupação relevante, pois o não cumprimento das contribuições previdenciárias compromete a arrecadação e afeta a sustentabilidade do sistema. Assim, investigar a evolução da taxa de inadimplência dos MEIs antes e após a pandemia torna-se essencial para entender suas limitações financeiras e avaliar a necessidade de políticas de apoio a esse segmento empreendedor. Objetivo: Analisar as taxas de inadimplência dos MEIs na Previdência Social entre 2018 e 2023, observando como a pandemia influenciou a capacidade desses empreendedores de manter suas contribuições previdenciárias em dia e avaliando o impacto econômico no sistema. Metodologia: Este estudo, de caráter bibliográfico e documental, baseou-se na análise de dados secundários, com foco em relatórios da Receita Federal e estudos acadêmicos sobre a relação dos MEIs com a Previdência Social. A metodologia incluiu a criação de quadros comparativos que ilustram o crescimento dos MEIs e a evolução das taxas de inadimplência no Brasil e em Minas Gerais, o que permitiu uma análise detalhada sobre o impacto econômico da pandemia e a capacidade de os MEIs manterem-se adimplentes. Resultados: Observou-se que o número de MEIs no Brasil cresceu substancialmente durante a pandemia, impulsionado pela formalização de trabalhadores informais que buscavam apoio governamental. No entanto, a inadimplência manteve-se alta durante a crise, com apenas uma leve melhora nos anos subsequentes. A análise revela que políticas emergenciais, como a renegociação de dívidas, contribuíram para a recuperação parcial, embora ainda exista um déficit significativo nas contribuições previdenciárias dos MEIs, especialmente em momentos de maior instabilidade econômica. Conclusão: A alta taxa de inadimplência dos MEIs permanece como um obstáculo para a sustentabilidade financeira do sistema previdenciário. Recomenda-se a ampliação de políticas de educação financeira, programas de renegociação e medidas de incentivo para fortalecer a contribuição dos MEIs ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Essas ações podem contribuir não apenas para o desenvolvimento dos pequenos negócios, mas também para o equilíbrio financeiro da Previdência Social, assegurando que os microempreendedores possam acessar seus direitos previdenciários de forma sustentável.

Biografia do Autor

Pedro Sousa Borges Teixeira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Ciências Contábeis (UNIPAM)

Moisés Ávila da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador (UNIPAM)

Publicado

2025-10-31

Edição

Seção

Ciências Contábeis

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