O USO DE CIMENTOS BIOCERÂMICOS EM OBTURAÇÕES ENDODONTICAS

Autores

  • João Vitor Cunha Silveira Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Rafaela de Fátima Mota Barbosa Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Amanda Londe Dimas Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Rhanya Maria Silva Fraga Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Leonardo Biscaro Pereira Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Palavras-chave:

Cimentos dentário, Endodontia, Obturação do canal radicular

Resumo

Introdução: Um dos principais objetivos do tratamento endodôntico é a eliminação dos microrganismos do sistema de canais radiculares e impedir que novos microrganismos tenham acesso ao interior do canal. Através da combinação das técnicas de instrumentação, de limpeza química e obturação, é possível atingir esse objetivo. A etapa final do tratamento endodôntico, que consiste na obturação dos canais radiculares, é em grande parte responsável por oferecer condições de regeneração aos tecidos perirradiculares e impedir a recontaminação. Com esse intuito, surgiram no mercado os cimentos endodônticos biocerâmicos com a promessa de garantir uma melhor resposta biológica dos tecidos periapicais e promover o selamento eficiente dos canais radiculares. O objetivo desta revisão bibliográfica sobre cimentos biocerâmicos é analisar a sua eficácia, as suas propriedades físicas, químicas e biológicas, os seus usos na endodontia, as vantagens e desvantagens do uso destes materiais. Revisão de literatura: Para que se possa considerar um cimento endodôntico ideal, ele precisa ser biocompatível, bacteriostático, radiopaco, ter estabilidade dimensional, ter fácil remoção do canal e não deve ser condutor térmico. Apesar da grande evolução dos cimentos, ainda é difícil encontrar um que se encaixe totalmente nesses requisitos, mas há alguns que apresentam excelentes resultados, como os biocerâmicos. Discussão: Os cimentos biocerâmicos, quando comparados aos cimentos convencionais, podem induzir a formação de hidroxiapatita na presença de água, resultando em grande poder biológico e bioativo de cicatrização óssea e notável atividade antibacteriana. Uma grande vantagem desse tipo de cimento, em relação aos restantes do mercado, é a capacidade de formação de ligações químicas com a dentina devido à formação de hidroxiapatita, diminuindo a microinfiltração. Suas apresentações clínicas podem ser consideradas muito vantajosas, já que alguns dos cimentos são disponibilizados em seringa com o material pronto para uso, melhorando o tempo de trabalho e evitando possíveis falhas de manipulação. Outra característica interessante desse material está no fato de a reação de presa ocorrer mesmo na presença de umidade. Os biocerâmicos apresentam uma menor irritação tecidual e menor inflamação em comparação aos demais materiais obturadores. A atividade antimicrobiana elimina as bactérias residuais que poderiam ter sobrevivido ao preparo endodôntico ou que possam vir a invadir o canal radicular posteriormente por microinfiltração. Conclusão: Os cimentos biocerâmicos apresentam boas propriedades de trabalho, tempo de presa adequado, pH alcalino, capacidade de libertação de íons de cálcio, biocompatibilidade, grande capacidade de selamento e atividade antibacteriana. No entanto, ainda há limitações quando comparados com os critérios para um material ideal usado para fins endodônticos, como dificuldade na sua remoção em caso de retratamento.

Biografia do Autor

João Vitor Cunha Silveira, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Rafaela de Fátima Mota Barbosa, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Amanda Londe Dimas , Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Rhanya Maria Silva Fraga, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Leonardo Biscaro Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Docente do Curso de Odontologia

Publicado

2025-03-31

Edição

Seção

Resumos