MANEJO DE PACIENTES ANTICOAGULADOS NA PRÁTICA CLÍNICA ODONTOLÓGICA

Autores

  • Giovanna de Paula Garcia Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Arthur Leonel Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Julia Oliveira de Siqueira Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Rodrigo Soares de Andrade Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Ivania Aparecida Pimenta Santos Silva Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Palavras-chave:

Dentistry, Oral anticoagulants, Oral surgery

Resumo

Introdução: Os anticoagulantes orais são fármacos prescritos para prevenir a formação de coágulos e reduzir o risco de eventos tromboembólicos, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e tromboses venosas profundas. Atualmente, a varfarina é o medicamento mais utilizado. Pacientes em uso desses medicamentos, que necessitem de cirurgias orais como extrações dentárias, cirurgias periodontais e implantes, requerem cuidados específicos para minimizar os riscos de hemorragia, por parte do cirurgião dentista. Revisão de literatura: A partir de buscas de artigos em português e inglês, publicados nos últimos 15 anos nas bases de dados PubMed e Scielo, foram revisados protocolos de manejo desses pacientes pelos profissionais da odontologia, com foco em segurança para o paciente e o profissional. Discussão: Com o aumento do risco de complicações hemorrágicas durante e após procedimentos odontológicos, o cirurgião dentista precisa estar capacitado para atender essa população. Atualmente, o índice internacional normalizado (INR) é o principal teste global para monitorar e planejar intervenções précirúrgicas, sendo realizadas 24 horas antes do procedimento odontológico, pelo cálculo entre o tempo de protrombina e a média do intervalo normal de coagulação. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, é seguro a execução de procedimentos cirúrgicos odontológicos com valores do INR entre 2 a 3,5. Em casos em que o valor exceda a quantia de 5, não é aconselhável a realização de nenhum procedimento, sendo necessário o encaminhamento para consulta médica. Uma avaliação completa, incluindo uma entrevista clínica detalhada e exames clínicos e físicos precisos são essenciais. É fundamental detectar sinais de condições hematológicas, como púrpura, contusões profundas, hematomas visíveis, inchaço nas articulações e sangramento nasal e gengival espontâneos, pois precocemente possibilitam um tratamento mais eficaz. Porém, ajustes na dose ou remoção da medicação são consideradas em casos específicos são medidas realizadas pelo médico responsável. Conclusão: Ajustes na dose ou a interrupção do anticoagulante oral antes de procedimentos odontológicos menos invasivos apresentam riscos de complicações tromboembólicas que excedem os riscos de eventos hemorrágicos. A troca de informações com o médico é de fundamental importância na tomada de decisões para o manejo de anticoagulados.

Biografia do Autor

Giovanna de Paula Garcia, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Arthur Leonel Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Julia Oliveira de Siqueira, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Rodrigo Soares de Andrade, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Docente do Curso de Odontologia

Ivania Aparecida Pimenta Santos Silva, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Docente do Curso de Odontologia

Publicado

2025-03-31

Edição

Seção

Resumos