DIFERENTES TIPOS DE CONTENÇÕES ORTODÔNTICAS E SUAS IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
Palavras-chave:
Contenção ortodôntica, Estabilidade pós - tratamento, Contenção fixa, Contenção removívelResumo
Introdução: A estabilidade da região dos dentes anteriores pós-tratamento ortodôntico é uma das etapas mais cruciais no campo da ortodontia. Com o passar dos anos, diferentes tipos de contenções foram desenvolvidas e aprimoradas, visando atender às necessidades individuais dos pacientes e às demandas clínicas. Esta revisão de literatura possui como finalidade apresentar os diferentes tipos de contenções ortodônticas, suas indicações, vantagens e desvantagens, bem como possíveis implicações aos tecidos periodontais. Revisão da literatura: No vasto campo da ortodontia, a busca por estabilidade pós-tratamento é de extrema importância, e as contenções fazem papel de protagonistas. De acordo com o planejamento ortodôntico e a conduta clínica realizada em cada tratamento, a escolha do tipo de contenção pode variar entre as opções fixas e removíveis. Dentre as opções removíveis, há a placa de Hawley e a de acetato. A placa de Hawley oferece boa estabilidade, já que é dentomucossuportada, sendo de fácil higienização. Como desvantagem, exige disciplina do paciente quanto ao seu uso, pode estimular o aumento de salivação e, em algumas situações, pode interferir na dicção do paciente. Já a de acetato apresenta menor espessura e interfere menos na dicção, mas tem a desvantagem de precisar ser refeita com maior frequência. Para a arcada inferior, a contenção fixa é a mais utilizada, podendo ser adaptada em apenas dois elementos ou até em oito dentes, variando nos modelos do tipo reto ou V-bend, também denominada de "contenção higiênica". Em geral, a contenção fixa de canino a canino inferior, chamada de contenção “3x3”, é bastante utilizada, visto que proporciona uma maior estabilidade dentária e ausência de recidivas de contatos insatisfatórios e apinhamento, condições que a médio e/ou longo prazo levam à perda de estabilidade oclusal. Entretanto, esta opção pode causar injúrias na língua e principalmente acumular mais resíduos alimentares, favorecendo a presença de placa bacteriana e cálculo. Discussão: Inúmeros estudos destacam a estabilidade e eficiência das contenções. Cabe ao odontólogo a função de saber orientar o paciente quanto à importância da proservação ortodôntica e orientá-lo em relação à manutenção da saúde periodontal, individualizando a melhor forma para controlar o biofilme de acordo com o caso. Conclusão: A escolha do tipo de contenção ortodôntica deve ser criteriosa e baseada em evidências científicas, levando-se em conta a necessidade do paciente, bem como as considerações clínicas específicas do seu caso. Cada tipo de contenção possui vantagens e desvantagens únicas. É fundamental que o cirurgião-dentista tenha familiaridade com as características de cada opção, estando sempre apto a orientar seu paciente a procurar um ortodontista quando houver necessidade e assegurando, assim, a manutenção da estabilidade oclusal e da saúde periodontal