LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS, PROCESSO DIAGNÓSTICO
REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Diagnóstico, Lesões potencialmente malignas, OdontologiaResumo
Introdução: Há um grupo de anormalidades clínicas e histopatológicas, em nível celular, que constitui um conjunto de alterações teciduais que possuem maior potencial de transformação em neoplasias malignas quando comparadas aos tecidos normais, são denominadas lesões potencialmente malignas. Isso quer dizer que o desconhecimento do cirurgião-dentista e da própria população em relação à identificação de lesões potencialmente malignas e a demora em procurar orientação para obter o diagnóstico são causas de grande problema para a saúde pública de vários países do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as lesões mais prevalentes são leucoplasia, eritroplasia, queilite actínica e líquen plano oral. Naturalmente, as lesões apresentam prevalências diferentes na população, muitas vezes associadas com diferenças ambientais e de comportamento, o que influencia na exposição aos fatores etiológicos; ainda, podem ser assintomáticas e assumir uma aparência clínica benigna. Revisão de literatura: O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão integrativa da literatura a partir dos métodos de diagnóstico para lesões potencialmente malignas, destacando a importância da identificação dessas lesões em estágio de não malignização. Foi feita pesqusa nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e PubMed com os descritores “lesões potencialmente malignas”, “diagnóstico” e “odontologia” associados ao operador booleano “E”, bem como seus correspondentes em inglês “potentially malignant lesions”, “diagnosis”, “dentistry” e o operador booleano “AND”. Discussão: Cerca de 80% dos cânceres de boca são evoluções de lesões que possuem potencial de malignidade, por esse motivo conhecer essas lesões é de extrema importância para o diagnóstico precoce que melhora o prognóstico; as taxas de sobrevida e as complicações no tratamento ou pós-tratamento são minimizadas, assim como os resultados estéticos e funcionais que terão resultados menos mutiladores. A biópsia, sendo excisional ou incisional, e o estudo histopatológico das amostras são fundamentais para o processo do diagnóstico definitivo do material coletado para análise anatomopatológica. Conclusão: Em 60% dos casos, o diagnóstico do câncer oral é realizado em estágios avançados, o que gera longos tratamentos, de alto custo econômico e social, pior prognóstico, podendo acarretar em morte, invalidez e deformidades faciais. Logo, a biópsia incisional seguida de exame histopatológico se torna imprescindível, sendo esses, os processos diagnósticos padrão ouro para lesões potencialmente malignas.