DIFERENTES ESCOVAS DENTAIS E SEUS MEIOS DE ARMAZENAMENTO E DE DESINFECÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Armazenagem de produtos, Desinfecção, Escova Dental, Escovação Dentária, OdontologiaResumo
Introdução: Como um meio de promoção de saúde bucal e também sistêmica, a adequação mecânica da cavidade oral, através das escovas dentárias, é de grande importância para manter a qualidade de vida de qualquer indivíduo. Na área odontológica, a escovação dental é um dos métodos mais eficazes para controlar o biofilme, reduzindo assim a incidência de lesões de cáries dentárias e doenças periodontais. O Ministério da Saúde divulgou a Portaria 97/96, com o intuito de fixar requisitos básicos para a fabricação, comercialização e controle sanitário de escovas dentais no território brasileiro. A contaminação microbiana das escovas é influenciada diretamente pelos microrganismos da cavidade oral e pelo ambiente onde são armazenadas. Além disso, o modo de armazenagem das escovas pode influenciar nos seus benefícios. Para diminuir a proliferação de patógenos, há uma vasta gama de agentes desinfetantes. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi identificar as características de uma escova dental, assim como os seus métodos de armazenamento e desinfecção. Revisão de literatura: Segundo a Portaria 97/96 do Ministério da Saúde, as escovas dentárias são classificadas pela faixa etária do público-alvo e textura das cerdas. Idealmente, para um adulto devem ter no mínimo 150 milímetros de comprimento e no máximo 16 milímetros de largura da cabeça. Já a textura do tufo é definida pela Medida de Rigidez da Área Encerdada conforme a norma ISO 8627. Não há um consenso na literatura sobre o método ideal de desinfecção de escovas de dentes, sendo citados a Clorexidina 0,12%, o triclosan e o hipoclorito de sódio 1% como possíveis agentes desinfetantes. Com relação ao armazenamento de escovas dentais, a American Dental Association (ADA) preconiza que as escovas devem ser guardadas em uma posição vertical, em um local arejado e, caso armazenadas em um mesmo local, é importante mantê-las separadas. O tempo médio indicado pelos fabricantes para a troca das escovas dentais é de três meses, não havendo consenso na literatura. Discussão: Tendo em vista que características de certas escovas podem causar traumas aos tecidos moles e duros durante a escovação e que o design geral da cabeça da escova tem relação com a eficácia e a segurança da limpeza da cavidade bucal, justifica-se a importância de analisar os produtos disponíveis no mercado, para que os fabricantes possam produzir escovas com melhores qualificações técnicas; para que os cirurgiões-dentistas possam indicar de forma mais certeira esses utensílios; e para os consumidores escolherem de forma mais adequada a escova para manutenção de sua higiene bucal. Os profissionais de odontologia, como parte da equipe de saúde, devem ser capazes de selecionar a escova de dentes apropriada individualmente para cada paciente, e de orientar sobre seu armazenamento e desinfecção. Conclusão: É fundamental que os profissionais da área odontológica estejam familiarizados com as variedades de escovas de dentes disponíveis no mercado, compreendendo seus benefícios físicos, econômicos e sua eficácia durante a adequação mecânica. Além disso, são necessários mais estudos para regularizar o manejo desse utensílio.