O USO DO LASER FRENTE AS TOXICIDADES DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO
Palavras-chave:
Terapia com Luz de Baixa Intensidade, OncologiaResumo
Introdução: A terapia de fotobiomodulação (TFBM), também conhecida como terapia a laser de baixa intensidade (TLBI), baseia-se na aplicação de luz com o intuito de estimular os processos celulares e promover reparo tecidual, reduzir a inflamação, o controle da dor resultando em analgesia, além de minimizar certos efeitos colaterais advindos das toxicidades do tratamento oncológico. O objetivo deste trabalho é revisar as informações sobre a aplicabilidade do uso do laser como uma abordagem terapêutica e complementar no tratamento de toxicidades decorrente da terapia oncológica, evidenciando seus benefícios e vantagens. Revisão de literatura: A escolha da abordagem terapêutica para pacientes submetidos ao tratamento oncológico depende da natureza e extensão da doença. Dessa forma, a radioterapia (RT), cirurgia e a quimioterapia (QT) são as estratégias mais utilizadas para o manejo desses pacientes. Contudo, as toxicidades produzidas por esses tratamentos provocam alterações clínicas que se manifestam como xerostomia, caracterizada pela sensação de boca seca, mucosite e a cárie de radiação, ocasionando um impacto negativo na qualidade de vida, afetando o conforto geral e as funções orais essenciais, como mastigação, deglutição, paladar e fala. Sendo assim, a TLBI tem sido cada vez mais explorada como uma forma de tratamento de suporte para pacientes em tratamento do câncer, sendo indicada para tratar efeitos adversos, visto que aumenta o metabolismo celular, estimulando a atividade mitocondrial, atuando como analgésicos, anti-inflamatórios e reparadores da lesão mucosa. Discussão: A TLBI consiste em uma fonte de luz de baixa potência, ou seja, baixa densidade de energia, e utiliza-se alguns joules por centímetro quadrado em baixas doses (até 2 J cm²), logo não induz um aumento notável na temperatura do tecido tratado, denotando que não gera alterações significativas na estrutura macroscópica do tecido. Por conseguinte, é notável uma melhora considerável no tratamento dos efeitos colaterais advindas das toxicidades do tratamento oncológico, proporcionando uma redução de dor e duração dos sintomas do paciente quando aplicadas baixas doses por dia. Desse modo, com a vantagem de não ser invasiva, a utilização da TLBI é ampla, já que colabora na aceleração do processo de cicatrização de feridas, em parte, ao diminuir o período da inflamação aguda, resultando em um reparo mais rápido do tecido lesionado. Conclusão: A TLBI tem em sido considerada uma opção promissora para pacientes que estão sob o tratamento oncológico, já que proporciona o alívio da dor e a redução de parte dos sintomas advindos dos efeitos colaterais decorrentes das toxicidades do tratamento, contribuindo assim para o bem-estar e melhora na qualidade e vida dos pacientes durante o tratamento oncológico