APLICABILIDADE DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL DE BELL

Autores

  • Ana Clara Sousa Magalhães Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Rodrigo Soares de Andrade Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Palavras-chave:

Bell Palsy, Laser Therapy.

Resumo

Introdução: A Paralisia Facial de Bell é definida como uma paralisia periférica do sétimo nervo craniano, o nervo facial, de início repentino, temporária ou definitiva e sem causa detectável, podendo estar associada ao envolvimento autoimune, traumático, neoplásico, metabólico, congênito, iatrogênico e mais comumente infeccioso, ligada a uma reativação do Vírus Herpes Tipo I. Suas manifestações clínicas dependem do grau de comprometimento das fibras nervosas, podendo estar associados distúrbios de gustação, salivação e lacrimejamento, além de poder apresentar comprometimento completo ou parcial da mímica facial. A laserterapia tem sido apresentada como uma modalidade de tratamento, atuando de forma coadjuvante à terapia convencional, que se utiliza corticosteróides e fisioterapia muscular ou substituindo-a, melhorando o quadro clínico da paralisia e consequentemente promove um equilíbrio nas expressões mímicas, ampliando a capacidade de sorrir, falar e deglutir, enquanto simultaneamente reduz sintomas como dor e desconforto, contribuindo assim para a melhoria geral da qualidade de vida dos pacientes. Revisão da literatura: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, na qual foram selecionados 13 artigos para análise qualitativa, com a pergunta norteadora: “Quais as ações da laserterapia de baixa intensidade no tratamento da Paralisia Facial de Bell?”. As chaves de busca foram os termos “Bell Palsy” e “Laser Therapy”, empregando o operador booleano “and”, nas plataformas de dados Scielo e PUBMED. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2017 a 2024, na língua inglesa e portuguesa e disponíveis na íntegra, e excluídos trabalhos da literatura cinzenta. Discussão: O laser de baixa potência tem sido utilizado como alternativa não invasiva no tratamento da Paralisia Facial de Bell devido a sua ação de aumento da amplitude dos potenciais de ação, a capacidade de aceleração de regeneração de estruturas nervosas, reinervação e sobrevivência neuronal após rompimento dos axônios, além de reduzir a mialgia e melhorar as funções da musculatura facial. Não há um protocolo em consenso na literatura para ser aplicado, mas pode-se dizer que o laser infravermelho com comprimento de onda entre 630 a 810 nm, com energia entre 2 e 3J por ponto, variando de 6 a 20 pontos em 6 semanas, garante um resultado positivo e eficaz, melhorando significamente os sintomas da paralisia. Conclusão: Mesmo não havendo um protocolo único a ser seguido, estudos feitos em vários países, confirmaram que o uso da laserterapia na Paralisia Facial de Bell é eficaz na melhoria da função do nervo facial e na redução da gravidade dos sintomas.

Biografia do Autor

Ana Clara Sousa Magalhães, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Odontologia

Rodrigo Soares de Andrade, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Docente do Curso de Odontologia

Publicado

2025-03-31

Edição

Seção

Resumos