Confiabilidade do teste térmico ao frio no diagnóstico das alterações pulpares de dentes permanentes maduros

uma revisão de literatura

Autores

  • Julia Oliveira de Siqueira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vanessa Oliveira Inacio Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Giovana Gonçalves Vieira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Rhanya Maria Silva Fraga Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Leonardo Bíscaro Pereira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: O êxito do tratamento endodôntico repousa em um diagnóstico preciso, o qual frequentemente se vale de recursos semiotécnicos, incluindo testes de sensibilidade pulpar. Entre os mais amplamente empregados estão o teste pulpar térmico (TPT) e o teste pulpar elétrico (TPE), com destaque para o teste pulpar ao frio, amplamente adotado por cirurgiões-dentistas. Este último método incita uma reação dolorosa no paciente mediante a estimulação direta das fibras nervosas da polpa, particularmente as do tipo C. O propósito deste estudo é revisar criticamente a confiabilidade do teste pulpar ao frio na avaliação da necessidade de tratamento endodôntico decorrente de degeneração do tecido pulpar. Revisão de literatura: Na endodontia, a obtenção de um diagnóstico histológico do tecido pulpar muitas vezes requer a extirpação do tecido, tornando imperativo o emprego de métodos diagnósticos alternativos para orientar a terapia endodôntica, sem a necessidade de exposição pulpar. O diagnóstico preciso é crucial para o planejamento terapêutico eficaz. O teste pulpar ao frio (TPF) surge como uma ferramenta valiosa nesse contexto, devido à sua simplicidade e aplicabilidade. Pode ser realizado mediante a aplicação de substâncias refrigerantes, como água fria, bastões de gelo ou agentes como cloreto de etila, tetrafluoroetano ou butano/propano, além do uso de bastão de neve carbônica. A aplicação do resfriamento na superfície dentária induz uma alteração significativa de temperatura, visando provocar uma resposta dolorosa. A avaliação cuidadosa da intensidade e duração da dor proporciona insights cruciais para a tomada de decisão terapêutica. É importante ressaltar que a avaliação da dor é uma experiência individualizada e deve ser sempre comparada com a resposta de um dente homólogo ou adjacente, nunca entre diferentes indivíduos. A ausência de resposta ao estímulo sugere a possibilidade de necrose pulpar, o que deve ser confirmado por meio de testes complementares, como o teste de cavidade. Discussão: O agente térmico frio demonstra eficácia ao estimular a unidade sensorial pulpar, constituindo-se como um método de rápida execução. A confiabilidade do teste de sensibilidade pulpar ao frio é elevada quando associada aos exames clínicos e radiográficos. É importante destacar a possibilidade de ocorrência de respostas falso-negativas e falso-positivas, especialmente em casos de restaurações extensas, traumatismo dentário, atresia da câmara pulpar, processo de rizogênese incompleta e necrose parcial do tecido pulpar. Essas condições podem induzir modificações fisiológicas e/ou patológicas que interferem no diagnóstico endodôntico. Conclusão: A partir desta revisão, conclui-se que o teste de sensibilidade ao frio é amplamente utilizado pelos clínicos como uma ferramenta auxiliar na determinação do diagnóstico pulpar, o que facilita a seleção do tratamento mais apropriado. Este método demonstra ser altamente confiável, conforme evidenciado por dados que corroboram sua eficácia na avaliação da sensibilidade e na obtenção de respostas positivas/negativas.

Biografia do Autor

Julia Oliveira de Siqueira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Vanessa Oliveira Inacio, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Giovana Gonçalves Vieira , Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Rhanya Maria Silva Fraga, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Leonardo Bíscaro Pereira , Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutor em Odontopediatria e docente

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Resumos