Sucesso do retratamento endodôntico não cirúrgico: uma revisão de literatura

Autores

  • João Vitor Sousa Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Amanda Londe Dimas Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Arthur Leonel Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Julianne Caixeta Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Leonardo Bíscaro Pereira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: O retratamento endodôntico é uma intervenção terapêutica indicada para corrigir falhas decorrentes de tratamentos endodônticos prévios. Seu objetivo primordial é alcançar o sucesso clínico e biológico, restaurando as estruturas envolvidas no sistema de canais radiculares. Esse procedimento envolve a remoção cuidadosa do material obturador anterior e o controle da microbiota por meio de reinstrumentação, visando a reobturação tridimensional dos canais radiculares para criar um ambiente desfavorável ao crescimento microbiano. O sucesso do retratamento endodôntico pode variar significativamente na literatura devido a diferentes metodologias empregadas e períodos de acompanhamento. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é avaliar o sucesso do retratamento endodôntico utilizando técnicas não cirúrgicas em diferentes intervalos de tempo. Revisão de literatura: O retratamento endodôntico é frequentemente indicado devido a diversas causas, sendo a presença de micro-organismos uma das mais comuns. Entre esses microrganismos, o Enterococcus faecalis é especialmente prevalente, muitas vezes associado à má instrumentação, inadequada irrigação e infiltração coronária. Além disso, fraturas coronorradiculares e iatrogenias também podem demandar retratamento endodôntico. Um fator importante a considerar é o intervalo de tempo entre o retratamento e a avaliação subsequente, pois quanto maior esse intervalo, maiores as chances de insucesso. Estudos indicam taxas de permanência do dente em função após retratamento endodôntico, sendo aproximadamente 90% após 24 meses, 86,8% após 48 meses e 85% após 72 meses. Discussão: O retratamento endodôntico é reconhecido como um procedimento eficaz para corrigir falhas do tratamento endodôntico prévio. No entanto, as taxas de sucesso podem variar dependendo de diversos fatores. Notavelmente, casos em que o tratamento inicial foi inadequado tendem a apresentar taxas de sucesso mais elevadas, pois falhas grosseiras podem ser facilmente detectadas e corrigidas durante o retratamento. Por outro lado, casos inicialmente tratados de forma adequada podem apresentar taxas de sucesso mais reduzidas, uma vez que as falhas podem ser mais sutis e difíceis de identificar. Além disso, o selamento coronário após o retratamento endodôntico pode afetar a longevidade do tratamento. Problemas relacionados aos materiais restauradores utilizados, como a microinfiltração, podem ocorrer e permitir a recontaminação do sistema de canais radiculares, comprometendo assim o sucesso a longo prazo do retratamento. Conclusão: A literatura pesquisada demonstra que o fator tempo é inversamente proporcional à taxa de sucesso dos retratamentos e as falhas no selamento coronário influenciam de maneira negativa no sucesso dos mesmos, sendo necessárias novas pesquisas para melhor elucidar os mecanismos de falhas e propor tratamentos mais eficazes.

Biografia do Autor

João Vitor Sousa Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Amanda Londe Dimas, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Arthur Leonel Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Julianne Caixeta Nunes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Leonardo Bíscaro Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutor em Odontopediatria e docente

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Publicado

2024-03-06

Edição

Seção

Resumos