Concentração do índice de flúor nos dentifrícios após a exposição ao meio ambiente e próximo ao término da validade

Autores

  • Gabriela Nayara de Souza Borges Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Leryk Henrique Santos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Livia Lopes Souza Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Arthur Cesar Bessa Carvalho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Denise de Souza Matos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: A cárie dentária é resultado da colonização da superfície do esmalte por microrganismos – especialmente os Streptococcus mutans – que, metabolizando carboidratos fermentáveis, como por exemplo, a sacarose, produzem ácidos. É considerada uma doença multifatorial e reconhecida mundialmente como a patologia bucal com maior prevalência. Existem fatores considerados determinantes e outros modificadores que podem interferir no desenvolvimento da doença cárie, sendo a presença de flúor na cavidade bucal considerado como um importante fator que irá atuar diretamente no aparecimento e evolução da doença. Revisão de literatura: Atualmente, o Brasil apresenta um declínio na prevalência da doença cárie, sendo que esta mudança se deve graças aos programas de saúde coletiva implementados pelo poder público, como é o caso do programa Brasil Sorridente, que possui a adesão dos programas de Cárie Zero e a fluoretação das águas de abastecimento público, instituída como lei desde o ano de 1974. Outro fator de suma importância para a prevenção dessa doença é a utilização dos dentifrícios fluoretados, considerados como uma maneira consciente do uso, promovendo a desorganização do biofilme e proporcionando o processo de desmineralização–remineralização. A incorporação de flúor aos dentifrícios, no Brasil, ocorreu na década de 80 e, de lá para cá, a sua utilização tem sido uma das responsáveis pela diminuição considerável nos índices da doença. A resolução 79, do ano de 2000, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) concretiza que a concentração máxima de flúor nos dentifrícios fluoretados deveria ser de 1.500 ppm de flúor (15%), porém, não há exigência de uma quantidade mínima. Entretanto, observa-se que após abertura do tubete, o índice de formulação do flúor tende a cair com o decorrer do tempo. Discussão: É notório que os dentifrícios não possuem a capacidade de manter a concentração de flúor ao decorrer da sua validade, tendo em vista que pesquisas demonstram haver a perda de cerca de 28% da concentração de flúor na sua composição ao longo de 2 anos, em temperatura de armazenamento de 25°, sendo que sua validade pode durar até 3 anos. Com isso, existe a necessidade de uma intervenção das regulamentações da ANVISA, para que esta estabeleça a quantidade de flúor que esteja quimicamente solúvel e disponível nos dentífricos ao longo de sua vida útil e, assim, não colocar em risco a saúde bucal do paciente, por este não exercer a ação ideal do efeito anticárie. Conclusão: Os dentifrícios fluoretados expostos há muito tempo ao meio ambiente externo e ao final da sua validade, perdem gradativamente os íons de flúor. Desta forma, necessita-se de suporte para a mudança nas legislações da ANVISA, com fiscalização na produção dos dentifrícios. Já em ambiente odontológico, cabe ao cirurgião-dentista orientar os pacientes sobre o uso consciente desses dentifrícios.

Biografia do Autor

Gabriela Nayara de Souza Borges, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Leryk Henrique Santos, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Livia Lopes Souza, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Arthur Cesar Bessa Carvalho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de Odontologia

Denise de Souza Matos, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora em Odontopediatria e docente

Downloads

Publicado

2023-02-28

Edição

Seção

Resumos