Bexiga urinária hiperativa neurogênica em portadores de cordam

Autores

  • Lays Magalhaes Braga Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Kelly Christina de Faria Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Paloma Amaral Xavier Centro Universitário de Patos de Minas- UNIPAM

Palavras-chave:

bexiga hiperativa, fisioterapia, neuromodulação

Resumo

Introdução: Bexiga Urinária Hiperativa Neurogênica (BUHN), segundo a classificação de 2002 do Subcomitê de Padronização da Sociedade Internacional de Continência, é uma síndrome do trato urinário inferior, sendo associada ou não à urge-incontinência.  A causa mais frequente da BUHN, em geral, é a hiperatividade do músculo detrusor, de origem neurogênica ou idiopática, diagnosticada por estudo urodinâmico. Os mecanismos centrais que controlam essa parte do trato urinário se organizam no cérebro e na medula espinal, principalmente. Uma das causas mais comuns são disfunções do arco reflexo sacral, do córtex cerebral e de outros centros neurológicos fundamentais para o controle voluntário e involuntário da micção, como substância reticular ponto-mesencefálica. Objetivo: O objetivo do presente estudo é descrever o efeito da neuromodulação do nervo tibial posterior em indivíduos com cordam sacral. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica a partir das bases de dados LILACS, MEDLINE e coleta de informações em dados bibliográficos do acervo da Biblioteca Central Doutor Benedito Corrêa do Centro Universitário de Patos de Minas. Resultou de 6 artigos pesquisados, excluindo-se 4 artigos, entre 2005 e 2015, com as palavras-chaves bexiga hiperativa, fisioterapia e neuromodulação.  Resultados e Discussão: Foi realizado um estudo de caso de uma única paciente, M.A.C.C, 68 anos, portadora de Cordam sacral, apresentando um quadro de bexiga hiperativa, tendo como proposta de tratamento a neuromodulação de tibial posterior. Esse recurso inibe reflexos aferentes do nervo pudendo e ativa as fibras simpáticas nos gânglios pélvicos e no detrusor. Promove também inibição central de eferentes motores para a bexiga e de aferentes pélvicos e pudendos. Tais efeitos decorrentes de mecanismos inibitórios normalizam o equilíbrio entre os neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos. A indicação é justificada pela localização, pois o nervo tibial posterior está projetado na mesma região sacral medular do centro sacral da micção. A aplicação consistiu no uso de aparelho de correntes alternadas de baixa frequência e largura de pulso de 200ms. Utilizaram-se eletrodos de superfície sobre o nervo tibial posterior. Conclusão: Poucos estudos descrevem o modo de ação da estimulação elétrica no tratamento da Bexiga Hiperativa, porém nota-se que é uma alternativa para pacientes com tumor sacral, ao inibir a atividade detrusora, por ser um procedimento não invasivo, livre de efeitos colaterais farmacêuticos.

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Publicado

2019-04-25

Edição

Seção

Resumos