Avaliação das características físico-químicas e fitoquimicas de extratos de café (Coffea arabica L.)

Autores

  • Guilherme Bernardes Melo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Sandra Soares Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Introdução: Coffea arabica L., conhecido popularmente por café de garrafa, é principalmente utilizado como energético e sensação de fadiga causada pelo esforço intelectual e físico. Devido ao seu elevado e distribuído consumo mundial, este vem sendo interesse de muitos estudos a respeito de suas características, sendo o processo de torra algo bastante discutido pois causa alterações na composição do café. Objetivo: Avaliar as características físico-químicas e quantificar o teor de metilxantinas e carotenoides presentes no café verde (CV) e torrado (CT) da espécie Coffea arábica L. colhido na região de Patos de Minas, MG. Métodos: Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Controle de Qualidade de Medicamentos do UNIPAM. As amostras foram avaliadas segundo métodos previamente descritos pela Farmacopeia Brasileira 5º edição. A avaliação físico- química consistiu em determinar a umidade, cinzas totais e pH. Já os testes fitoquímicos consistiram na dosagem de metilxantina e determinação dos carotenoides. Resultados: A umidade encontrada no extrato de CV foi de 6,7% e no CT de 2,32% encontrando-se dentro dos valores preconizados. Já o teste de pH demonstrou que a torrefação não altera em praticamente nada o pH (pH CV: 6,35; pH CT: 5,8). Em relação a cinzas totais foram encontrados valores já esperados sendo para o CV 16,72% e para o CT 6,13% de materiais inorgânicos. Ao quantificar as metilxantinas percebeu-se que o processo de torrefação diminui sua concentração em 1/3 (0,015mg/mL para CV e 0,011mg/mL para CT). Identificou-se ainda nos extratos 4 tipos de carotenoides: Clorofila a, Clorofila b, β-Caroteno e Licopeno obtendo valores respectivos 0,015, 0,035, 0,007 e 0,027 para o CT e 0,035, 0,058, 0,021 e 0,029 para o CV, dados expressos em mg/100mL. Conclusões: As análises dos resultados indicam que o processo de torrefação promove principalmente mudanças fitoquímicas no café promovendo perdas de seus componentes bioativos.

Biografia do Autor

Guilherme Bernardes Melo, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente do curso de farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

Sandra Soares, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora, Docente do curso de farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos