O acolhimento na organização do serviço da atenção básica à saúde

Autores

  • Rafaella Lage Reis Cândido Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cleide Chagas da Cunha Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Isa Ribeiro de Oliveira Dantas Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

INTRODUÇÃO: O ato de acolher é uma das primeiras intervenções realizadas pela equipe no momento da chegada do usuário a Unidade Básica de Saúde (UBS). É uma forma de receber, ouvir todas as pessoas que procuram esses serviços e assim, responder a elas de uma forma pertinente e precisa. Esta atividade é dinâmica e conta com a participação de toda equipe, uma vez que as decisões são tomadas coletivamente. Ele é utilizado como ferramenta, estratégia e arranjo tecnológico para alterações no processo de trabalho em saúde, além de assegurar a humanização, resolução e responsabilização do serviço para com os usuários. É importante também no processo organizacional, que resulta em encaminhamentos, que passam por tomada de decisões pautadas pelas prioridades levantadas pela equipe multiprofissional. OBJETIVOS: Conhecer o que cada profissional das equipes de duas UBS entende por acolhimento, como esse se dá na realidade de trabalho de cada uma dessas equipes, como é a rotina de acolhimento dos usuários no seu local de trabalho e se existem fatores que dificultam ou facilitam sua realização. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória e de abordagem qualitativa, com duas equipes de Saúde da Família, em duas UBS, no município de Santo Antônio do Amparo – MG. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas (Parecer de aprovação nº 1.875.724). RESULTADOS: Através da pesquisa, foi possível perceber que os profissionais das duas UBS de Santo Antônio do Amparo – MG têm conhecimento sobre o que é o acolhimento, que ele envolve a participação de toda equipe, porém, acontece em dias e horários específicos, o que contrapõe a proposta do Ministério da Saúde. Os profissionais levantaram alguns fatores que provocam influências tanto positivas quanto negativas na normatização do processo de trabalho. Dentre os positivos destacaram o bom entendimento com o paciente, o bom humor, o vínculo, a abertura e confiança entre profissional-usuário, a vivência cotidiana e o protocolo de Manchester. Em contrapartida, os fatores negativos citados foram à grande demanda pelos serviços, a conciliação entre os atendimentos agendados com os espontâneos, além da interpretação errada das queixas por parte dos profissionais. CONCLUSÃO: Assim, é indispensável que os gestores adotem propostas de educação continuada para os profissionais, com a finalidade de qualificá-los, de otimizar os serviços e de agregar a demanda espontânea com a programada, organizando assim as atividades das equipes. É de extrema importância trabalhar o assunto também com a comunidade, com o propósito de esclarecer inclusive que os atendimentos não devem ser centrados somente na figura do médico.

Biografia do Autor

Rafaella Lage Reis Cândido, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Acadêmica do curso de Enfermagem - Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

Cleide Chagas da Cunha Faria, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Enfermeira, Mestre em Promoção da Saúde, Especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família, docente no Centro Universitário de Patos de Minas

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos