Qualidade de vida de crianças com deficiência visual
Resumo
As crianças com ausência ou diminuição da visão apresentam limitações no desempenho de suas atividades de rotina diária, relacionadas principalmente ao autocuidado, aprendizagem, desenvolvimento e manutenção motora, principalmente no âmbito da orientação e mobilidade. Posto isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade de vida (QV) de um grupo de crianças com deficiência visual (DV). Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do UNIPAM, parecer 2.305.048. Participaram da amostra sete crianças de ambos os sexos, sendo três meninos e quatro meninas, selecionados entre os alunos da Associação de Deficientes Visuais (ADV) de Patos de Minas. A avaliação da qualidade de vida foi feita por meio do Questionário de Função Visual Infantil (QFVI), respondido pelos pais das crianças. A média de idade das crianças foi de 7,71 ± 2,06 anos. Quando estão com os dois olhos abertos, a visão de 42,85% das crianças é boa, 28,57% ruim e 28,57% das crianças são cegas. Dos participantes do estudo, 57,14% apresentaram boa qualidade na saúde; 14,28% apresentaram muito boa, 14,28% ruim e 14,28% razoável qualidade na saúde. No que diz respeito à capacidade funcional, 57,14% das crianças não possuem dificuldades em realizar tarefas como, vestir-se sozinho, escovar os dentes e lavar o rosto. No entanto, 28,56% apresentam alguma dificuldade ou dificuldade extrema em realizar algumas dessas atividades e 14,28% possuem dificuldade extrema em realizar todas as capacidades funcionais citadas anteriormente. Todas essas características tem relação direta com a sua capacidade visual. Foi observado que 85,71% dos questionários foram preenchidos pelas mães, o que mostra o quanto o tempo de cuidado realizado por elas é maior. Verificou-se que, crianças com boa qualidade na saúde apresentam também uma boa capacidade funcional, e que não necessariamente a visão afeta suas atividades de rotina diária, como as mencionadas anteriormente.
