Depressão infantil
uma alerta para os pais
Resumo
A depressão de modo geral, consiste em um transtorno mental cujos principais sintomas são alterações de humor, dificuldade na socialização e variação comportamental; os quais podem favorecer prejuízos em diversos domínios da vida. Esse transtorno está presente não somente em adultos, mas também, em crianças e adolescentes que vem sofrendo as consequências de tal doença. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica da literatura nacional acerca da depressão infantil, com o intuito de esclarecer os sintomas, a etiologia e as formas de tratamento. O método utilizado para a construção da revisão bibliográfica foi uma busca de artigos nas bases de dados BVS e Lilacs, através do descritor “depressão infantil”. Foram definidos como filtros para seleção dos artigos ser publicado entre os anos de 2011 e 2014, estar disponível para acesso, além do idioma português. Foram selecionados 13 artigos. A depressão, tanto em adultos quanto em crianças, é caracterizada como um transtorno de humor, que abrange fatores cognitivos, comportamentais, fisiológicos, entre outros. O interesse científico pela depressão em crianças e adolescentes é recente, sendo que até a década de 70 a depressão nessa idade era considerada incomum ou até inexistente. O transtorno depressivo na infância e na adolescência, é diagnosticado de 3% a 8% da população. As idades mais afetadas são de 6 a 7 anos na infância e de 12 a 15 anos na adolescência. A depressão infantil interfere de forma prejudicial no desenvolvimento físico, cognitivo, psicomotor e psicossocial da criança. O surgimento desse tipo de transtorno em crianças pode começar após uma situação considerada traumática, como separação dos pais, abandono, abuso físico e sexual, mudança de escola, ou morte de uma pessoa querida ou animal de estimação. Um fator de extrema importância para a saúde mental infantil é o ambiente em que ela convive diariamente. Filhos de mães com histórico de depressão materna estão mais propensos a apresentar sintomas depressivos, dado que evidencia também a influência genética do transtorno. Assim como na depressão adulta, quanto antes descobrir o transtorno nas crianças e adolescentes, mais rápido e eficiente será o tratamento. A participação de atividades em espaços de interação no tempo disponível da criança pode se constituir como um fator positivo para a socialização infantil. Fazer um acompanhamento psicológico e ter apoio de familiares contribui diretamente no tratamento do transtorno depressivo. A depressão infantil é muito complexa, de difícil diagnóstico. Os motivos envolvem a dificuldade infantil de expressar e descrever o que sentem ou a negligencia parental na percepção dos sintomas. Ressalta-se a importância de uma detecção precoce dos sintomas depressivos em crianças, pois com o inicio do tratamento, pode-se evitar quadros mais graves com prejuízos significativos. São necessárias mais pesquisas a fim de ampliar a compreensão deste transtorno na infância, contribuindo assim para a implementação de programas de prevenção e intervenção do quadro.