Atividades lúdicas no tratamento psicológico à crianças com câncer

possibilidades terapeuticas

Autores

  • Ana Paula Leonor Rodrigues Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Mara Lívia Araújo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Dentre as possíveis estratégias incentivadas por certos profissionais e utilizadas pela criança para enfrentar o processo da hospitalização, encontra-se o brincar e a leitura. Através destas práticas a criança descobre, experimenta, inventa, exercita e confere suas habilidades, além de estimular a criatividade, a iniciativa e a autoconfiança. Este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica da literatura a fim de identificar atividades lúdicas utilizadas nas intervenções psicológicas de crianças com câncer infantil, avaliando seus benefícios. Pretende-se ainda, evidenciar o papel do psicólogo nesse contexto da oncologia infantil. Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica nas bases de dados SCIELO, PEPSIC E LILACS, através dos descritores „‟câncer infantil‟‟, „‟brincar‟‟ e „‟atividades lúdicas‟‟. Foram incluídos na busca estudos que apresentassem projetos lúdicos realizados em centros oncológicos infantis. Existem algumas restrições de brinquedos os quais as crianças não podem brincar, devido à fragilidade da saúde física. Além disso, muitas vezes as crianças não estão dispostas a realizar brincadeiras, pelo cansaço oriundo das intervenções medicamentosas e procedimentos invasivos. Contudo, as pesquisas evidenciam que o brincar é de suma importância para o desenvolvimento infantil e que pode ser utilizado de maneira efetiva, facilitando o enfrentamento ao tratamento. Existem atividades, como assistir filmes infantis e programas educativos, ler livros e gibis, que levam as crianças à distração ajudando assim a suportar a dor e a lidar com a solidão. A leitura também é importante no desenvolvimento cognitivo da criança, permite a criação de fantasias, a exploração do imaginário além de proporcionar que o psicólogo faça uma análise do pensar, agir e falar. Além disso, estudos evidenciam a utilização do ensaio comportamental. A partir desta técnica são oferecidos materiais hospitalares como brinquedos, para que a criança possa expressar seus temores e ansiedades frente aos instrumentos que serão utilizados com ela. Técnicas de imaginação/distração também tem uma função interessante: quando pede-se que a criança imagine e fantasie uma história com um herói que ela admira, para que este possa ajudá-la a enfrentar com segurança as adversidades advindas do tratamento e da situação de hospitalização. A música também é um recurso lúdico importante para identificação e expressão de sentimentos. Existem brinquedos e recursos lúdicos que podem ser usados no ambiente hospitalar, e podem ser mais explorados. São necessárias mais pesquisas que evidenciem a importância do lúdico, apresentando e avaliando estratégias para facilitar o enfrentamento do tratamento e hospitalização, inerentes a vida de pacientes oncológicos.

Biografia do Autor

Ana Paula Leonor Rodrigues, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente

Mara Lívia Araújo, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Docente do Curso de Psicologia do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos