Análise do efeito anticarcinogênico do clonazepam em Drosophila melanogaster

Autores

  • Sarah Alves Rodrigues Constante Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Victor Constante Oliveira Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Rosiane Gomes Silva-Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

O clonazepam tem sido utilizado como adjuvante por pacientes com câncer que apresentam dor neuropática, como também, por pacientes que apresentam náuseas e vômitos induzida por quimioterapia, reduzindo assim, a sua ansiedade e agitação. Alguns trabalhos recentes envolvendo o clonazepam têm avaliado a sua ação sobre as vias do câncer. Contudo, ainda não existem estudos comprovados sobre os efeitos desse medicamento com relação à doença. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar o efeito anticarcinogênico do clonazepam por meio do teste para detecção de clones de tumores epiteliais (warts) em Drosophila melanogaster. Foi realizado o tratamento, com larvas de 72 horas resultantes do cruzamento entre fêmeas virgens wts/TM3, Sb1 e machos mwh/mwh. Essas larvas foram co-tratadas com a Doxorrubicina (DXR) a 0,4mM e com três diferentes concentrações de clonazepam (25mM, 50mM e 100mM).   Essas concentrações foram definidas baseadas em outros estudos realizados com esse medicamento. Como controle positivo, utilizou-se a DXR a 0,4mM, e como controle negativo, água osmose reversa. Somente as moscas adultas que não eram portadoras do balanceador cromossômico (TM3, Sb1) foram analisadas, uma vez que possuem o gene em estudo. Após as análises das moscas, foram avaliadas as diferenças estatísticas entre a frequência de tumor nas concentrações testadas e nos controles (positivo e negativo), calculadas de acordo com o teste U, não paramétrico, de Mann-Whitney (p < 0,05). A análise do efeito anticarcinogênico do clonazepam, onde as larvas foram induzidas à formação de tumores, pela DXR, e posteriormente co-tratadas com clonazepam, verificou-se uma redução no número de tumores, estatisticamente significativa nas três concentrações testadas, ao ser comparado com o controle positivo. Os resultados permitem concluir que o clonazepam, nas presentes condições experimentais, foi capaz de reduzir a ocorrência de tumores em D. melanogaster.

Biografia do Autor

Sarah Alves Rodrigues Constante, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda em Enfermagem e bolsista do XVII PIBIC pelo UNIPAM

Victor Constante Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Mestrando em Genética e Bioquímica pela UFU

Rosiane Gomes Silva-Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Doutora em Genética e Bioquímica pela UFU, e professora do UNIPAM

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos