Vulnerabilidades dos adolescentes em uma escola pública de um município mineiro
Resumo
A adolescência é considerada uma fase importante para formação do indivíduo em seus conceitos e personalidade, considerada então de risco devido seus comportamentos refletirem diretamente no bem estar presente e futuro. Diante de situações de vulnerabilidade comuns nessa fase, é imprescindível orientações adequadas e compreensíveis para hábitos seguros e saudáveis. Atualmente podemos observar o alarmante e crescente índice de jovens envolvidos com diferentes drogas, e consequências sérias decorrentes desse uso e comportamentos de sexualidade precoces. É notável que o enfermeiro, enquanto profissional de saúde, especialmente na atenção básica tem importante papel no crescimento e desenvolvimento saudável desses jovens. Este estudo teve como objetivo identificar e descrever situações de vulnerabilidades dos adolescentes de uma escola pública no município de Patos de Minas – MG. Levantamento, descritivo, transversal e de abordagem quantitativa realizado por meio da aplicação de um questionário a 131 alunos do ensino médio e idade entre 12 e 18 anos. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Patos de Minas (Parecer nº 1.429.122/ 2016). Os dados foram analisados pela estatística descritiva com frequências absolutas e percentuais. Foi detectado que a iniciação sexual já havia ocorrido em 40,8% dos meninos e 31,7% das meninas, destes 8,16% e 8,54% respectivamente não faziam uso de preservativos durante as relações. O uso do álcool foi relatado por 48,98% dos meninos e 57,32% das meninas. As drogas ilícitas foram citadas por 18,37% dos meninos e 9,76% das meninas, com destaque para a maconha em primeiro lugar e em segundo o LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico). Tais resultados refletem situações de vulnerabilidades na população estudada podendo impactar diretamente em sua qualidade de vida e saúde. Podem ainda apontar a presença de dúvidas pelos adolescentes e a carência por abordagens eficazes que tragam orientações adequadas a estes jovens. Sendo assim, sugere-se o uso de oficinas pedagógicas em parceria com as escolas como opção dentre as ações do enfermeiro, enquanto profissional da equipe de saúde da família, buscando direcionar reflexões e escolhas mais adequadas, uma vez que se faz rara a busca dos adolescentes pelos profissionais nas unidades de saúde.