Rede social de adolescentes que frequentam lan house

possibilidade para projeto saúde no território

Resumo

Os adolescentes buscam na Lan House e no meio virtual, formas de sociabilidade, a fim de aumentar sua rede social, más o uso indiscriminado da internet ocasiona fragilização dos laços familiares e sociais, minimizando os elos com sua rede de contato pessoal. A rede social refere-se aos vínculos das relações humanas que inclui vínculos com a família, comunidade, amigos, colegas de trabalho e de estudo, entre outros. A rede social atua como fator de proteção, reduzindo as vulnerabilidades e potencializando a qualidade de vida dos adolescentes. Neste sentido é necessário que o enfermeiro atue na elaboração de estratégias a fim de promover saúde e qualidade de vida a estes adolescentes. O estudo objetivou conhecer a composição da rede social dos adolescentes que frequentam uma Lan House, no município de Patos de Minas - MG. A pesquisa foi realizada na Lan House War Games. Participou da pesquisa 12 adolescentes, sexo masculino, na faixa etária de 10 a 18 anos, selecionados de forma aleatória. Utilizou-se um questionário para conhecer o perfil socioeconômico dos mesmos e as atividades realizadas na Lan House. Foi construído o mapa de rede social, com vistas, a conhecer a composição da sua rede e os tipos de vínculos existentes. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (Parecer n°1.470.573 / 2016). Constatou-se que a maioria dos adolescentes frequentam a Lan House, em média, 5 dias por semana, permanecendo em média, 5 horas por dia, sendo a principal atividade realizada por todos os adolescentes a prática de jogos online. Ao analisar os mapas de rede social verificou que um adolescente apresentou uma rede social pequena (1 a 7 pessoas), esta rede é menos efetiva em situações de sobrecarga ou tensão de longa duração, pois, os membros evitam o contato para diminuir a sobrecarga frente ás adversidades da vida, dois adolescentes apresentaram uma rede média (8 a 10 pessoas) esta é tida como ideal por proporcionar uma maior distribuição da sobrecarga e do apoio oferecido, e nove adolescentes apresentaram uma rede grande (mais de 11 pessoas) esta é vista como pouco eficaz uma vez que seus membros supõe que já existe alguém tomando conta do problema, deixando o adolescente sozinho. Observou-se presença significativa dos membros da família e dos amigos com ênfase nas amizades realizadas na Lan House e ausência de membros da comunidade e dos serviços de saúde na rede social destes adolescentes. Uma possibilidade de gestão de cuidado a estes adolescentes é a elaboração do Projeto Saúde no Território (PST). O PST é um projeto de intervenção na comunidade elaborado pelos membros da Equipe de Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) em parceria com outros membros da rede como os membros da comunidade escolar e até os profissionais de Lan House, com vistas a desenvolver ações efetivas para diminuir vulnerabilidades e a promover saúde investindo na qualidade de vida e na autonomia dos adolescentes.