A importância da dança no tratamento de crianças autistas
Resumo
A Síndrome do Autismo caracteriza-se por alterações das interações sociais, comunicação e do comportamento. O autista demonstra uma inteligência próxima ao normal, porém com problemas no relacionamento e na comunicação não-verbal, expressão corporal e na expressão facial e déficit no contato social. Nota-se que a prática esportiva e as atividades motoras auxiliam no tratamento do autismo, estimulando o desenvolvimento e a socialização de crianças autistas, destacando-se entre as atividades a dança. Diversos estudos têm demonstrado a importância da dança como forma eficaz para o tratamento de autistas, como uma modalidade para aliviar tensões, angústias, frustrações e agressividade, transmitindo a melhoria da auto-afirmação, do relacionamento social e gerando, então, segurança. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo identificar a importância da dança no tratamento de crianças autistas, buscando o desenvolvimento eficaz dos aspectos social, cognitivo e motor. Este estudo foi desenvolvido a partir de pesquisas realizadas em artigos científicos disponibilizados em bases de dados indexadas. Verificou-se através da revisão de literatura que crianças autistas apresentam melhorias ao começar a praticar a dança como forma de terapia, desenvolvendo através da dança os aspectos de socialização, cognitivo e motor. A criança autista normalmente não consegue manter contato com outras pessoas por muito tempo, e a dança ajuda a corrigir e melhorar muitos movimentos e ações feitas de modo descoordenado, ajudando estas crianças a desenvolverem uma melhora no contato corporal. A dança como terapia pode estimular a integração da sensação, da percepção e, assim, predispor a ação. Atividades coordenadas são de fundamental importância para o progresso do aparato neuromotor. A terapia motora associada à música pode facilitar a interação social e a comunicação, além de vários sistemas que interferem na percepção do movimento, fundamentais para o desenvolvimento emocional-social e para a interconexão de áreas responsáveis pela associação do movimento do autista Concluiu-se que a dança como terapia trás benefícios para que as crianças autistas consigam ter uma melhora na qualidade de vida e uma maior aceitação e inclusão na sociedade.