O efeito da crioterapia de imersão sobre o desempenho de jogadores de rubgy após exercicio

Autores

  • Camilla Rivera Ribeiro Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Moacir Marocolo Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
  • Cíntia Aparecida Gárcia Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Devido os atletas de rugby serem frequentemente expostos a uma carga intensa de treinamentos e competições o tempo disponível para uma recuperação fisiológica torna-se limitado. Neste sentido, uma alternativa para estes atletas é a recuperação pós-exercício, que visa minimizar o risco de fadiga e otimizar o desempenho. Dentre as estratégias de recuperação utilizadas, a crioterapia tem ganhado destaque, no entanto, ainda não há um consenso sobre os seus efeitos no desempenho de atletas de rugby. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a efetividade da crioterapia de imersão sobre o desempenho de atletas de rugby após exercício e 12 h após sua utilização. Oito atletas de rubgy (23 ± 4,7 anos; 176,9 ± 4,5 cm; 87,5 ± 8,6 kg) realizaram um protocolo de exercício especifico para rugby (40 min) seguido pela estratégia crioterapia de imersão (8,9 ºC ± 0,6 ºC por 9 min, seguido de 1 min de ortostase; 2x) ou controle (sentados por 20 min) em uma ordem randomizada. Os atletas realizaram testes de desempenho (saltos contramovimento, saltos contínuos de 30 seg e teste T de agilidade) em quatro momentos: basal, imediatamente após o protocolo de exercício especifico para rugby, pós estratégia de recuperação e 12 h após. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para analisar os diferentes momentos da crioterapia de imersão e controle foi utilizado o teste ANOVA two way para medidas repetidas, com o teste de post hoc de Bonferroni quando apropriado. O nível de significância foi estabelecido em 5% e o software utilizado foi GraphPad® (Prism 6.0, San Diego, CA, USA). O estudo foi aprovado junto ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro sob o protocolo 2403/2013. O desempenho dos atletas nos testes de agilidade e saltos contramovimento não foi diferente entre a crioterapia de imersão e o controle, imediatamente após o protocolo de exercício especifico para rubgy e 12 h após (p = 0,145). Entretanto, o desempenho no teste de saltos contínuos de 30 seg diminuiu imediatamente após o protocolo de exercício especifico para rugby, mais aumentou 12 h após a crioterapia de imersão comparado com o controle (p = 0,0259). A crioterapia de imersão melhorou o desempenho dos atletas no teste de saltos contínuos de 30 seg após 12 h e parece ser uma ferramenta fácil e prática para os treinadores e atletas, especialmente durante fases intensas de competições que requerem uma rápida recuperação (≈ 12h) para o desempenho subsequente.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

RESUMOS - EDUCAÇÃO FÍSICA