Atuação fisioterapêutica nas alterações respiratórias em recém-nascidos prematuros
Resumo
O aumento da sobrevida de recém-nascidos com peso de nascimento e idade gestacional cada vez mais baixos fez com que houvesse uma elevação significativa do período de hospitalização destes, devido principalmente à imaturidade pulmonar. As afecções respiratórias ainda são uma das principais causas da morbimortalidade no período neonatal, especialmente nos recém-nascidos prematuros, os quais, devido à imaturidade pulmonar, permanecem por períodos prolongados sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia. O tratamento fisioterapêutico visa melhorar as condições pulmonares, aumentando a complacência pulmonar e diminuindo a resistência das vias aéreas. Este trabalho teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica, analisando a atuação da fisioterapia nas alterações respiratórias em recém-nascidos prematuros. Trata-se de uma revisão bibliográfica junto às bases eletrônicas de dados Scielo, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde, realizada no período de setembro a outubro de 2015. Foram selecionados artigos a partir de 2005 até o ano de 2008. Vários fatores têm sido descritos como capazes de afetar o sistema pulmonar imaturo de recém-nascidos prematuros, podendo alterar, assim, o desenvolvimento das vias respiratórias, a alveolarização e a formação da microvasculatura pulmonar. A fisioterapia utiliza procedimentos específicos como as posturas de drenagem, a vibração torácica, exercícios respiratórios passivos e aspiração endotraqueal e de vias aéreas superiores. Com isso, o acompanhamento fisioterapêutico dos recém-nascidos, mantém as vias aéreas com fluxo menos turbulento possível e com o mínimo de secreção, permitindo um aumento na permeabilidade e redução do número de fatores intrínsecos das vias aéreas. Portando, a fisioterapia respiratória pode ter importante função para reduzir a morbidade neonatal, o tempo de hospitalização, favorecendo o prognóstico e a qualidade de vida futura desses recém-nascidos prematuros.