Alterações posturais apresentadas nos deficientes visuais
Resumo
Várias têm sido as definições acerca da deficiência visual, no entanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (O.M.S.), a cegueira para fins epidemiológicos é definida como a acuidade visual inferior a 0.05 (20/400) até a ausência de percepção luminosa. A eficácia para o controle postural depende, basicamente, da eficiência do sistema visual em detectar, por meio de alterações no fluxo óptico, movimentos corporais relativos a um determinado ambiente. Para que o sistema de controle postural obtenha tal informação, os estímulos sensoriais, provenientes dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial, devem ser integrados no sistema de controle postural, a fim de proporcionar uma representação da posição e, desse modo, proporcionar um controle postural efetivo e flexível. O trabalho tem como objetivo relatar as alterações posturais existentes no deficiente visual. O trabalho consistirá em uma base de fundo bibliográfico com análise e estudo de artigos encontrados no acervo da Biblioteca Central Dr. Benedito Correia no Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM e em sites de pesquisa acadêmica e outros. A estabilidade postural é a capacidade de manter o corpo em equilíbrio, isto é, refere-se à habilidade do corpo de retornar ao ponto de equilíbrio quando exposto a uma perturbação. As informações provenientes deste sistema são integradas e processadas no sistema nervoso central no córtex cerebral, tronco cerebral e cerebelo, os quais se encarregam do planejamento e execução dos atos motores pertencentes à manutenção ou à restauração do equilíbrio estático. As alterações posturais são desencadeadas quando o centro de gravidade é deslocado em uma velocidade alta demais para que as reações de equilíbrio surjam. Independente das diferenças de idade e acometimento visual, todos os pacientes apresentaram uma maior qualidade no seu deslocamento pelo meio, pós-tratamento. Foi verificado que indivíduos com deficiência visual adotam postura compensatória para alinhar/ajustar o centro de gravidade. Dessa forma, verificou se que os prejuízos que essas alterações trazem ao deficiente visual podem ser minimizados através de programas terapêuticos que vise à prevenção das alterações posturais, reeducação postural e estimulação dos outros sentidos e treino de equilíbrio e marcha, bem como a realização das atividades da vida diária, propiciando-lhes melhor qualidade de vida.