A influência da equoterapia no desenvolvimento motor e relação interpessoal de uma criança autista

Autores

  • Jéssica dos Reis Amancio Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Fabrício Rocha Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

O autismo é descrito como transtorno autístico marcado por déficits qualitativos na interação social, na comunicação e padrão limitado ou estereotipado do comportamento e interesses restritos; também definido como a tríade de prejuízos. Além da tríade de prejuízos o autismo pode apresentar prazer com sensações vestibulares, autoagressão, déficit auditivo, visual e no controle motor, entre outros. De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia - ANDE-Brasil (2010), a equoterapia é definida como um método educacional e terapêutico com abordagem interdisciplinar na área de saúde, educação e equitação ajudando no desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. Com tudo o estudo objetiva avaliar os benefícios desta prática terapêutica quanto ao desenvolvimento motor e a capacidade de relação interpessoal de uma criança com transtorno do espectro do autismo a partir de uma avaliação criteriosa, detalhada e individual de uma criança com diagnóstico clínico de autismo. Este presente estudo é transversal do tipo descritivo com abordagem qualitativa de campo experimental de risco mínimo. Foi feita uma pesquisa bibliográfica científica junto a livros e meios eletrônicos a fim de coletar informações e a respeito da Equoterapia e o Distúrbio do Espectro do Autismo. Os métodos de avaliação neste estudo acompanham as normas da Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos e foi aprovado no Comitê de Ética sob o parecer n° 42597515.9.0000.5549. Foi acompanhada uma criança com diagnóstico clínico de autismo durante as sessões de equoterapia, aonde se aplicou uma escala avaliativa que meses depois foi reaplicada, para coleta de dados que foram comparados e analisados evidenciando os benefícios dessa prática para autistas. Foram verificadas ligeiras melhorias no domínio comportamental e emocional do M.O. como a diminuição na autoagressão, relaxamento, tranquilidade e melhoria no sono. Também é importante referir que com base na observação subjetiva ao longo das sessões foi verificada uma notória melhoria no comportamento motor como: melhora ao nível do equilíbrio estático e dinâmico e da coordenação motora geral diminuindo eventuais quedas e dando maior independência ao praticante. Neste estudo pode ser comprovado que a equoterapia, como técnica de reabilitação, é uma intervenção fisioterapêutica alternativa e eficaz em pacientes autistas, apresentando benefícios no desenvolvimento motor e na relação interpessoal estimulando para que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida. Com tudo isso, sugere-se que sejam feitas novas pesquisas com esta patologia, aumentando o número de sessões ao protocolo de tratamento e o número da amostra, para verificar as melhorias no desenvolvimento motor, na relação interpessoal e na comunicação verbal e não verbal destas crianças a partir de um programa equoterapêutico individual e especializado.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

RESUMOS - EDUCAÇÃO FÍSICA