Desenvolvimento de um creme antioxidante para as mãos, utilizando extrato hidroalcoólico de acerola (Malpighia glabra L.)

Autores

  • Paula Camila Sereia Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Ana Paula Nascentes de Deus Fonseca Siqueira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

A pele é uma estrutura de tecidos complexa que reveste todo organismo, protegendo. É constituída por três camadas: epiderme, derme e hipoderme, correspondendo à 5% de todo o peso corporal, além de desempenhar inúmeras funções. As três principais funções desempenhadas por ela são: transmissão de estímulos e sensações, regulação da temperatura corporal e proteção. Com as constantes agressões que vai sendo alvo, esta vai sofrendo deterioração e alterações, que em áreas expostas ao sol são mais intensas, sendo que dentre estas regiões o dorso das mãos se destaca. No entanto esta região acaba sendo esquecida, não recebendo fotoproteção ou outros cuidados. Como consequência, tem-se uma área altamente sujeita ao envelhecimento precoce com desenvolvimento de manchas senis. Frente a tais fatores, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um creme antienvelhecimento para as mãos com extrato de Acerola (Malpighia glabra L) associado a um filtro solar e que apresente um sensorial adequado ao toque das mãos. Foi preparado um extrato hidroalcoólico de acerola verde, que foi submetido ao teste de teor de compostos fenólicos de Folin Ciocalteau. Posteriormente foi desenvolvida uma formulação de creme para as mãos na qual o extrato foi incorporado juntamente com outros ativos. A formulação foi então submetida a testes de estabilidade. Foram preparadas amostras de 30g da formulação teste que se tratava do creme com extrato (FT) e da formulação controle que se tratava do creme sem extrato (FC). As amostras foram armazenadas em triplicata na geladeira e na estufa à 37°C. Os ensaios teste de centrifugação, determinação do pH e da condutividade foram realizados no primeiro e no 15º dia. O teste de Folin Ciocalteau permitiu verificar um teor de 649,2 mg de compostos fenólico por grama de extrato. Após 15 dias, as formulações FT armazenadas em estufa apresentaram leve alteração na cor. As demais características permaneceram inalteradas. Após a realização do teste de centrifugação, não se observou separação de fases, formação de grumos ou precipitados, o que demonstra que a formulação apresentou boa estabilidade física. Ao final dos 15 dias não se observou alterações significativas do pH e da condutividade. O extrato de acerola verde apresentou valor de compostos fenólicos superior aos relatados na literatura. Levando em consideração que os compostos fenólicos são os maiores responsáveis pela atividade antioxidante em frutos, pode-se concluir que o extrato possui boa capacidade antioxidante, que associado a demais ativos presentes no creme e o protetor solar incorporado no mesmo, pode ser muito útil na proteção da pele, prevenindo o envelhecimento precoce e seus efeitos como, a perda de umidade, da flexibilidade e o aparecimento de manchas senis.

Biografia do Autor

Paula Camila Sereia, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda, Curso de Farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas

Ana Paula Nascentes de Deus Fonseca Siqueira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora, Mestre do Centro Universitário de Patos de Minas

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos