Automedicação

experiência acadêmica no curso de Farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Autores

  • Samely Aparecida de Deus Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Nádia Camila Rodrigues Costa Caixeta Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

A automedicação consiste em utilizar medicamentos por conta própria sem o auxílio de um profissional altamente qualificado. Essa prática entre os estudantes da área da saúde tem sido um procedimento caracterizado pela presença de um estado doentio, partindo do seu autoconhecimento, em obter ou utilizar um produto, que lhe trará benefícios no tratamento de doenças ou alívio de sintomas. O uso indiscriminado de medicamentos pode causar o mascaramento de doenças, dificultando o diagnóstico correto, além disso, pode contribuir para a manutenção da cadeia de transmissão de doenças com sérias consequências. O objetivo geral deste trabalho foi identificar o perfil dos acadêmicos do curso de Farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM acerca da prática da automedicação. Trata-se de um estudo descritivo transversal, sendo a população composta pelos graduandos do Curso de Farmácia – UNIPAM. Como metodologia de estudo, adotou-se pela distribuição de um questionário composto por questões objetivas e subjetivas. Para dar início à pesquisa, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Seres Humanos, sendo aprovado sob número CAAE- 42752915.1.0000.5549. Logo após, apresentou-se o projeto para as turmas do curso e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para preenchimento dos dados da pesquisa. No final, teve a entrega de folders explicativos para os participantes. Para análise estatística usou-se o programa Microsoft Excel® 2010. Os resultados foram descritos em valores percentuais e apresentados por meio de tabelas e gráficos. Para o tratamento das questões discursivas, estas foram analisadas separadamente e após seleção das palavras chave de cada discurso para conclusão da resposta mais específica. Observou-se que do total de 138 acadêmicos, 93% (n=129) já realizaram o uso de medicamentos sem prescrição médica e 7% (n=9) não praticam a automedicação. As classes de fármacos mais utilizadas foram a dos analgésicos (38%), seguido de anti-inflamatórios (31%), descongestionantes com (18%) e por último antibiótico (9%). Quanto aos sintomas que levaram os estudantes a automedicação, as maiores prevalências foram dor de cabeça (16%), seguido de gripe/resfriado (15%), dores em geral (12%) e por último a febre (12%). Sobre os fatores que influenciam a automedicação, a maioria dos entrevistados se baseou no conhecimento próprio (35%), seguido de indicação por familiares (25%), e por último por orientação de um farmacêutico (21%). Quanto à procura de medicação em drogarias e farmácia a maioria dos estudantes (82%) segue o aconselhamento com o profissional farmacêutico. Evidencia-se, portanto, que a automedicação é um processo comum entre estes estudantes e que deve ser monitorado diariamente sendo a presença do farmacêutico uma peça fundamental para prestar orientação farmacêutica, sendo capacitado a criar e disseminar campanhas preventivas e políticas sobre o uso racional de medicamentos.

Biografia do Autor

Samely Aparecida de Deus, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda, Curso de Farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas

Nádia Camila Rodrigues Costa Caixeta, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora, Especialista do Centro Universitário de Patos de Minas

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos