Usuários de álcool, crack e outras drogas, cadastrados no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

onde estão?

Autores

  • Ana Mara Moreira Babilônia Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Maria Lucia Nogueira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

Tendo em vista que houve um aumento nos índices de pessoas que fazem uso de drogas pelo mundo todo, e que as consequências biológicas desta ação, sejam sociais, físicas e psicológicas tornaram-se um importante problema de saúde pública. Os CAPS/AD têm cumprindo sua função no planejamento e implementação de inúmeros subterfúgios na tentativa de diminuir os riscos e danos ocasionados pelo uso excessivo de substâncias químicas, possibilitando assim a fortificação de fatores como a proteção da saúde, prevenção e tratamento. Este estudo objetivou caracterizar a população de usuários do CAPS/AD, bem como localizá-los após o período de tratamento quanto à condição atual. Tratou-se de uma pesquisa descritiva, quanti-qualitativa, do tipo documental, baseada em fonte de dados primários disponibilizados nos prontuários do CAPS/AD. Os dados foram coletados por meio de um questionário semi-estruturado, revisão de prontuário e busca ativa. Estes dados receberam tratamento analítico descritivo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas, sob número 46482114.1.0000.5549. Para conhecer a situação atual dos pacientes, foram coletadas informações de 104 pacientes cadastrados no CAPS/AD no período de abril de 2013 a abril de 2015. Destes, 78% eram do sexo masculino e 22% do sexo feminino, com idades entre 14 e 65 anos, sendo 64% solteiros e 45% apresentaram ensino fundamental incompleto, 76% declararam sem religião e 43% desempregados. Cabe ressaltar que 36% dos pacientes foram acolhidos como demanda espontânea e 35% deles encaminhados por familiares. A maioria (56%) fazia uso de múltiplas drogas. Atualmente, dos 104 pacientes, 44% abandonaram o tratamento, destes 33% estão em uso abusivo, 6% se encontram presos, 15% internados em comunidades terapêuticas, 20% estão abstinentes e 26% não foram encontrados. Os dependentes químicos estão propícios em experimentar algumas das expressões das questões sociais. Destas expressões, evidenciam-se a desnutrição, o desemprego, a precarização dos serviços de saúde, a sub-habitação e outros problemas que os atingem, em especial aqueles com baixo poder aquisitivo, sobre o qual recaem de maneira mais intensa as mazelas sociais. Concluiu-se, portanto, que grande parte dos pacientes não adere ao tratamento proposto no CAPS/AD em decorrência das próprias vulnerabilidades sociais, da falta de apoio familiar e das fragilidades encontradas na rede de atenção a saúde e o seu papel na reinserção social destes pacientes.

Biografia do Autor

Ana Mara Moreira Babilônia, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

Maria Lucia Nogueira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Enfermeira, Mestre em Promoção de Saúde, Especialista em Saúde Pública e Professora do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

Downloads

Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos