Sentimentos das adolescentes ao serem imunizadas pela vacina contra HPV

Autores

  • Ana Flávia Braga Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marcos Leandro Pereira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marilene Rivany Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 2014, implantou a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) em adolescentes na faixa etária de 09 a 13 anos, como uma iniciativa para prevenir o Câncer de Colo do Útero (CCU). A vacina contra o HPV é administrada gratuitamente em adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, também, em escolas públicas e privadas. O estudo objetivou elencar os sentidos atribuídos pelas adolescentes sobre o HPV e a vacina contra o HPV. Tratou-se de uma pesquisa de campo com abordagem quanti-qualitativa. Para coleta de dados utilizou-se um questionário semiestruturado com questões objetivas e discursivas, aplicado em 66 adolescentes de duas escolas públicas do município de Presidente Olegário - MG. Os resultados obtidos dos questionários foram organizados e analisados sistematicamente, já os dados subjetivos das questões abertas usou-se o método de interpretação de sentidos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (Parecer nº 882.112/ 2014). Verificou-se que a maioria das adolescentes tomou a primeira dose da vacina contra o HPV com 11 anos de idade (76%) e as demais com 10 e 12 anos (15% e 9%, respectivamente). Foi detectado que 89% adolescentes receberam informações sobre o HPV e que a principal fonte de informação foi a UBS (24%), a escola (20%) e os pais (19%). Ao realizar a análise dos dados coletados pelo questionário respondido pelas adolescentes emergiram os dois núcleos de sentidos: 1) Conhecimentos das adolescentes a cerca da vacina HPV e 2) Sentimentos das adolescentes ao tomar a vacina HPV. No primeiro, percebeu-se que as adolescentes receberam informações corretas sobre o HPV, porém de forma limitada, citando como única forma de prevenção do HPV, a vacina. Já no segundo núcleo, surgiram diversos sentimentos negativos, principalmente, medo, dor e insegurança, próprios do processo de adolescer. O enfermeiro, sendo o responsável pela equipe da saúde da família e um dos membros atuante no Programa Saúde na Escola, é fundamental no seu papel dentro do contexto escolar, o que tange principalmente no esclarecimento e na conscientização e sensibilização das adolescentes sobre a importância da adesão a vacina contra o HPV, além de auxiliá-las a conhecer melhor essa faixa etária na qual se encontram. Conclui-se que é fundamental a atuação dos profissionais de saúde e da escola na orientação das adolescentes em relação à doença HPV e a vacina contra HPV. Em especial o enfermeiro que atua na atenção primária a saúde que deve, de forma interdisciplinar, atuar junto as adolescentes para minimizar os sentimentos negativos em relação à vacina.O Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 2014, implantou a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) em adolescentes na faixa etária de 09 a 13 anos, como uma iniciativa para prevenir o Câncer de Colo do Útero (CCU). A vacina contra o HPV é administrada gratuitamente em adolescentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, também, em escolas públicas e privadas. O estudo objetivou elencar os sentidos atribuídos pelas adolescentes sobre o HPV e a vacina contra o HPV. Tratou-se de uma pesquisa de campo com abordagem quanti-qualitativa. Para coleta de dados utilizou-se um questionário semiestruturado com questões objetivas e discursivas, aplicado em 66 adolescentes de duas escolas públicas do município de Presidente Olegário - MG. Os resultados obtidos dos questionários foram organizados e analisados sistematicamente, já os dados subjetivos das questões abertas usou-se o método de interpretação de sentidos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (Parecer nº 882.112/ 2014). Verificou-se que a maioria das adolescentes tomou a primeira dose da vacina contra o HPV com 11 anos de idade (76%) e as demais com 10 e 12 anos (15% e 9%, respectivamente). Foi detectado que 89% adolescentes receberam informações sobre o HPV e que a principal fonte de informação foi a UBS (24%), a escola (20%) e os pais (19%). Ao realizar a análise dos dados coletados pelo questionário respondido pelas adolescentes emergiram os dois núcleos de sentidos: 1) Conhecimentos das adolescentes a cerca da vacina HPV e 2) Sentimentos das adolescentes ao tomar a vacina HPV. No primeiro, percebeu-se que as adolescentes receberam informações corretas sobre o HPV, porém de forma limitada, citando como única forma de prevenção do HPV, a vacina. Já no segundo núcleo, surgiram diversos sentimentos negativos, principalmente, medo, dor e insegurança, próprios do processo de adolescer. O enfermeiro, sendo o responsável pela equipe da saúde da família e um dos membros atuante no Programa Saúde na Escola, é fundamental no seu papel dentro do contexto escolar, o que tange principalmente no esclarecimento e na conscientização e sensibilização das adolescentes sobre a importância da adesão a vacina contra o HPV, além de auxiliá-las a conhecer melhor essa faixa etária na qual se encontram. Conclui-se que é fundamental a atuação dos profissionais de saúde e da escola na orientação das adolescentes em relação à doença HPV e a vacina contra HPV. Em especial o enfermeiro que atua na atenção primária a saúde que deve, de forma interdisciplinar, atuar junto as adolescentes para minimizar os sentimentos negativos em relação à vacina.

Biografia do Autor

Ana Flávia Braga, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas; Voluntária do XVI PIBIC 2015 pelo UNIPAM-CNPQ-FAPEMIG

Marcos Leandro Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Médico, Mestrando em Neurociências – UFMG; Especialista em Saúde Pública e da Família; Docente do curso de Medicina no Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

Marilene Rivany Nunes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Enfermeira, Doutora em Enfermagem em Saúde Pública pela EERP-USP; Docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos