Mapeamento de cuidados de enfermagem no atendimento a pacientes com doença falciforme

Autores

  • Bárbara Gomes de Almeida Rosa Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Adriana Cristina Santana Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cláudia Rachel Melo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

A doença falciforme de caráter genético pela mutação do cromossomo onze resulta em hemácias no formato de foice contribuindo para várias complicações causadas pela obstrução do fluxo sanguíneo capilar e morte celular precoce. Este estudo objetivou mapear os cuidados de enfermagem descritos no atendimento as pessoas com doença falciforme para as intervenções e atividades apresentadas pela Classificação de Intervenções de Enfermagem (NIC), nos Diagnósticos de Enfermagem da NANDA e na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Aguiar Horta e ainda identificar as necessidades humanas biopsicossociais apresentadas pelos pacientes com doença falciforme. Trata-se de um estudo tipo retrospectivo, descritivo e de abordagem quantitativa. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM e da FUNDAÇÃO HEMOMINAS sob CAAE: 44709315.7.0000.5549. A amostra foi constituída de 91 prontuários. A idade variou de 02 a 58 anos, com mediana de 14 anos e média de 16,9 anos (DP ±12,7), quanto ao sexo 44 (48,4%) eram masculinos e 47 (51,6%) femininos. A faixa etária mais frequente foi entre 10 a 20 anos (39,5%), seguido de até 10 anos (36,2%) de idade, 62,6% dos pacientes possuíam a anemia falciforme HbSS e 34,1% a HbSC. A cor da pele mais frequente foi à negra (48,4%) dos pacientes. Constatou-se que 85,7% dos pacientes não tiveram nenhuma complicação do tratamento, mas, seis (6,6%) apresentaram crise vaso- oclusiva, três (3,3%) pneumonia, dois (2,2%) pacientes necessitaram de transfusão sanguínea por anemia e dois apresentaram respectivamente hepatoesplenomegalia e priaprismo. Identificou-se 46 diferentes cuidados de enfermagem mapeados em 25 intervenções da NIC, dentre elas: Aconselhamento nutricional, Controle da vacinação/imunização, Promoção do exercício, Controle da dor, Assistência no autocuidado: banho/higiene, Promoção da saúde oral, Ensino: processo da doença, Orientação quanto ao sistema de saúde, Cuidado com os pés, Assistência para parar de fumar, Ensino: sexualidade, Ensino: sexo seguro, Oxigenoterapia, Ensino: medicamentos prescritos, Proteção contra infecção, Controle de alergias, Cuidados com os pés, Assistência no autocuidado: alimentação, Facilitação do processo de culpa, Melhora do desenvolvimento: adolescente, Intervenção na crise, Facilitação da aprendizagem, Cuidados com lesões, Treinamento para controle de impulsos e Supervisão da pele. As necessidades humanas básicas mais frequentemente afetadas foram mapeadas para hidratação, nutrição, regulação imunológica, Exercício/atividade e cuidado corporal. Os cuidados prescritos na prática clínica foram encontrados no referencial da NIC. Propõe-se um instrumento de coleta de dados para consulta de enfermagem que contemple as necessidades humanas básicas afetadas e intervenções de enfermagem mapeadas.

Biografia do Autor

Bárbara Gomes de Almeida Rosa, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Patos de Minas e bolsista do XVI Programa Institucional de Iniciação Científica

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos