Composição da rede social dos adolescentes com diabetes mellitus tipo I

Autores

  • Laiane Cristina dos Santos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marcos Leandro Pereira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marilene Rivany Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

A adolescência é um período marcado por várias situações de vulnerabilidade, incluindo o surgimento de doenças crônicas como a diabetes mellitus tipo I (DM I). Diante destas transformações desencadeadas pela doença crônica, o adolescente necessita ser amparado por fatores de proteção, como a rede social. O estudo objetivou conhecer o perfil clínico e a estrutura da rede social de adolescentes com DM I acompanhados no Centro Hiperdia de Patos de Minas - MG. Tratou-se de uma pesquisa documental e de campo com abordagem quanti-qualitativa. Para coleta de dados utilizaram-se 76 prontuários de adolescentes atendidos no ano de 2014. Construiu-se o mapa de rede social de cinco adolescentes com DM I, selecionados aleatoriamente. Os resultados obtidos dos prontuários foram organizados e analisados por meio de estatísticas descritivas e os dados da estrutura da rede conforme o tamanho, a composição e o tipo de vínculos. Este projeto foi aprovado CAAE n° 36725414.9.0000.5549 pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (Parecer n° 465.247/2013). Percebeu-se que 59% dos adolescentes apresentaram a descoberta da doença antes dos 15 anos de idade, 46% dos adolescentes relataram ter um membro da família com DM, 22% dos adolescentes exibiram baixo peso. Todos os adolescentes com DM I demonstraram uma rede social reduzida. Na composição verificou-se a presença de vínculo significativo da família, dos amigos e do Centro Hiperdia, mostrando a importância destes aos adolescentes. Já a escola e a comunidade foram referenciadas de forma menos expressivas e representadas com vínculos fragilizados e inexistentes. A Unidade Básica de Saúde foi apontada pelos adolescentes ora com vínculos fragilizados e/ou inexistentes, o que não era esperado, visto que, esses adolescentes necessitam de uma assistência integral e singular por parte dos profissionais da saúde da atenção primária. Nessa direção a enfermagem é considerada a responsável pelos adolescentes, devendo se ocupar na elaboração de um plano de assistência integral aos adolescentes com DM I, assumindo papel central nas redes sociais, representando fator protetivo para o desenvolvimento e a saúde dos adolescentes. Essas atuações podem auxiliar no cuidado integral dos adolescentes, proporcionando-lhes assistência singular e única, ampliando sua rede social e estabelecendo vínculos entre os adolescentes e os serviços de saúde. Concluiu-se que a rede social é apontada como fator de proteção, o que pode contribuir para o controle metabólico, manejo da doença e adesão ao tratamento, bem como proteção, promoção e reabilitação de saúde.

Biografia do Autor

Laiane Cristina dos Santos, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Acadêmica bolsista do XVI PIBIC 2015 – Centro Universitário de Patos de Minas

Marcos Leandro Pereira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Orientador - Centro Universitário de Patos de Minas

Marilene Rivany Nunes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Orientadora - Centro Universitário de Patos de Minas

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos