Avaliação de risco cardiovascular em trabalhadores de um centro universitário

Autores

  • Rianne Lage Reis Cândido Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cleide Chagas da Cunha‐Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCV) correspondem a quase 30% do total de óbitos no país em um ano. Quanto maior o número de fatores de risco presente, maior será a chance de manifestar um evento cardiovascular. A estratificação do risco cardiovascular é a contagem dos fatores de risco como forma de identificar a ameaça para desenvolvimento de doenças coronarianas. O objetivo foi identificar fatores de risco para DCV em trabalhadores estratificando o risco para eventos cardiovasculares em 10 anos, a partir do uso do Escore de Risco Global. Pesquisa documental, descritiva e de natureza quantitativa realizada no Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) por meio da consulta de dados de saúde dos funcionários, registrados em formulário próprio, durante uma ação de saúde desenvolvida na instituição no ano de 2014. Foram revisados os prontuários de 214 trabalhadores, de qualquer idade e ambos os sexos, e que participaram da referida ação de saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do UNIPAM sob CAAE 39253014.5.0000.5549 em conformidade com a Resolução 466/12. A maioria tinha idade inferior a 30 anos e escolaridade em nível superior. Houve prevalência de sobrepeso ou obesidade entre os homens (60,7%) e sedentarismo em mulheres (62,6%). Foram encontrados poucos tabagistas e 37,9% dos participantes referiram uso de diferentes bebidas alcóolicas em variadas proporções. Percebeu-se que uma parte apresentou níveis de colesterol total acima de 200 mg/dL (26,6%) e níveis de HDL-c abaixo de 60 mg/dL (47,2%). Verificou-se que os níveis de estresse, ansiedade e depressão são mais elevados nas mulheres. Constatou-se que a população masculina tinha risco aumentado para eventos cardiovasculares quando comparados à feminina, sendo 56% dos homens classificados como risco intermediário e 9% como alto risco, enquanto 86% das mulheres apresentavam baixo risco para eventos cardiovasculares. Os resultados reforçam a importância da implementação de medidas de prevenção e promoção de saúde que contribuam na redução do risco para as DCV. A ação conjunta de equipes multidisciplinares e intersetoriais, de forma contínua e simultânea, pode se constituir em uma das estratégias no controle dos fatores de risco para as DCV entre os trabalhadores.

Biografia do Autor

Rianne Lage Reis Cândido, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Acadêmica voluntária PIBIC-Centro Universitário de Patos de Minas

Cleide Chagas da Cunha‐Faria, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Orientadora-Centro Universitário de Patos de Minas

Downloads

Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos