Fitoterápicos hipolipemiantes utilizados na prática clínica nutricional

Autores

  • Juliana Cristina da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Aline de Carvalho Teles Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Suelen Schiavini Seabra Gomes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Sandra Soares Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), através da Resolução nº 402 de 30 de julho de 2007, regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas. Pelo quarto artigo, da referida resolução, o nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos da resolução, quando julgar conveniente a necessidade de complementação da dieta de indivíduos ou grupos, atuando isoladamente ou como membro integrante de uma equipe multiprofissional de saúde. Hipercolesterolemia e obesidade estão intimamente relacionadas. Existe um alto percentual de pessoas que apresentam níveis de colesterol alto como resultado de excesso de peso, essa realidade não pode passar despercebida. O colesterol, os triglicerídeos, os fosfolípides e os ácidos graxos compõem os lipídios sanguíneos. Os lipídios estão na circulação sanguínea sob a forma de lipoproteínas e quando existem problemas na síntese e decomposição destas lipoproteínas, ocorre o que denominamos hiperlipidemia. Na atualidade, existem terapias medicamentosas bastante efetivas com ação hipolipemiante, como por exemplo, o uso de estatinas que são as drogas de escolha para controle e redução dos índices de colesterol. Não é incomum a procura por terapias alternativas, como os fitoterápicos, para tratamento da dislipidemia ou até mesmo para reduzir a dosagem padrão de outros medicamentos, aproveitando do efeito sinérgico de muitos fitoterápicos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão sobre o uso, a eficácia e a segurança de medicamentos fitoterápicos no manejo da hiperlipidemia em seres humanos e confeccionar uma cartilha com os principais fitoterápicos, com ação hipolipemiante, utilizados na prática clínica do nutricionista. Foi realizado um levantamento bibliográfico em bases de dados (EBSCO e Medline) de artigos científicos e revisões de literatura. Utilizaram-se os descritores: “hipercolesterolemia”, “fitoterápicos”, “hipolipemiantes”, “hypercholeterolemia”, “hypolipemiant”, “herbal medicine”, “phytotherapics”. Foram pesquisadas 10 fontes bibliográficas e, dessas, selecionados os 7 artigos mais recentes, no período de 2010 a out. 2014. Os resultados foram resumidos em um quadro e mostram o efeito hipolipemiante do uso de garcínia (Garcinia camboja), feno grego (Trigonella foenum-graecum), alho (Allium sativum), arroz fermentado com levedura vermelha (Monascus purpureus), Panax notoginseng, alcachofra (Cynara scolymus), berinjela (Solanum melongena). Na revisão realizada o guggul (Commiphora mukul) não apresentou efeito hipolipemiante, causou efeitos adversos como rash cutâneo e ainda aumentou os níveis de colesterol LDL. Os hipolipemiantes naturais, quando utilizados com conhecimento, apresentam boa eficácia e segurança no tratamento da hipercolesterolemia, porém não devem ser o tratamento farmacológico de primeira escolha. A mudança de hábitos para saudáveis e a inclusão de atividade física devem ser sempre estimuladas.

Biografia do Autor

Juliana Cristina da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário de Patos de Minas

Aline de Carvalho Teles, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário de Patos de Minas

Suelen Schiavini Seabra Gomes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do Curso de Nutrição do Centro Universitário de Patos de Minas

Sandra Soares, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Docente do Centro Universitário de Patos de Minas

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos