Estudo farmacognóstico de Lychnophora ericoides (arnica)

Autores

  • Ricardo Ferreira Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Ana Paula Nascentes de Deus Fonseca Siqueira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

As plantas contêm princípios ativos capazes de curar diversas doenças, além disso, elas apresentam- se como fonte de produtos biologicamente ativos, muitos do quais se constituem modelos para a síntese de fármacos. Dentre as espécies medicinais brasileiras, encontra-se Lychnophora ericoides Martius, a Arnica, nome originalmente atribuído à espécie Arnica montana L. (Asteraceae), nativa da Europa e extensivamente utilizada na medicina tradicional daquele continente no tratamento de contusões, inflamações, dores musculares e reumáticas. Este trabalho teve como objetivo geral preparar o pó e a tintura de Lychnophora ericoides e avaliar sua qualidade através de análises físico- químicas. As partes aéreas da Arnica foram coletadas no município de Presidente Olegário, MG. Após coleta foram colocadas em papel manteiga e secas a temperatura ambiente sendo posteriormente reduzidas a pó com trituração em liquidificador, simulando o moinho de facas. Com o pó obtido, realizou-se a análise granulométrica, conforme metodologia da Farmacopeia Brasileira 5° edição, determinou-se a perda por dessecação utilizando um dessecador da marca Mettler Toleto modelo HB43 e também a densidade aparente não compactada. Para a produção da tintura, pesou-se 100g da droga em um béquer de vidro envolto por papel alumínio e adicionou-se álcool etílico 70°GL. Essa mistura foi colocada em agitador mecânico, ficando ligado 12 horas/dia, durante 4 dias, o que foi caracterizado como um ciclo da extração. A mistura foi então filtrada e, ao restante do material vegetal adicionou-se mais solvente, iniciando o processo de extração. Após 8 ciclos completos, o volume final de tintura foi reduzido para 500mL, utilizando-se um rotaevaporador. As características físico-químicas da tintura, tais como: características organolépticas, teor alcoólico, densidade relativa, pH e porcentagem de resíduo seco total foram determinadas conforme metodologia de Melo (2009). Todas as análises foram realizadas em triplicata e calculado a média. Com o ensaio de determinação da granulometria, verificou-se 54,63% das partículas possuíam diâmetro médio de 2000 µm, o que levou à classificação do pó como pó grosso (BRASIL, 2011). A média dos valores de densidade aparente não compactada foi de 0,0648g/mL. A perda por dessecação apresentou um valor de 8,55%, estando dentro dos valores permitidos pela Farmacopeia Brasileira. A coloração da tintura foi de cor marrom a âmbar e o odor foi classificado como característico. O teor alcóolico da tintura foi de 39,6°GL, do pH foi de 5,11 e da densidade relativa foi de 0,9538g/mL. O resíduo seco apresentou um resultado de 1,28%. Os resultados obtidos com o pó e a tintura de L. ericoides apresentam padrões de qualidade, segundo critérios farmacopéicos e não-farmacopéicos.

Biografia do Autor

Ricardo Ferreira Nunes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduando, Curso de Farmácia do Centro Universitário de Patos de Minas

Ana Paula Nascentes de Deus Fonseca Siqueira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora, Mestre do Centro Universitário de Patos de Minas

Downloads

Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos