Perfil de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 no município de Patos de Minas

Autores

  • Virgínia Laís Lima Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cleide Chagas Cunha-Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Isa Ribeiro de Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, resultante da destruição das células beta pancreáticas, caracterizado pela total deficiência da produção de insulina pelo organismo, o que acarreta várias complicações e exige o uso exógeno do hormônio de forma definitiva, sendo mais comum na infância e adolescência. (ALMEIDA, 1997). A doença traz transtornos e sendo levada de um modo natural ou não, pode trazer revolta, principalmente na fase da adolescência, onde já ocorre uma série de mudanças e conflitos. (MARCELINO; CARVALHO, 2005). Para o tratamento do DM1, a aplicação da insulina torna-se essencial, mas, existem outros requisitos que associados ao tratamento medicamentoso também têm grande relevância e contribuem para um melhor controle da doença, como a dieta adaptada, a prática de atividades físicas regulares e o apoio social e psicológico. (QUEIROZ; SILVA; ALFENAS, 2010). Os profissionais que dão suporte aos diabéticos devem ser positivos diante do tratamento, tendo como meta auxiliar na obtenção de maior aceitação e adequação proporcionando a capacidade de viver bem mesmo respeitando regras e limites. (IMONIANA, 2006). Este estudo teve como objetivo identificar o perfil de crianças e adolescentes com DM1, atendidas no município de Patos de Minas. Pesquisa documental, descritiva, de natureza quantitativa, realizada a partir da análise do prontuário das 31 crianças e adolescentes com até dezoito anos de idade, que estavam em tratamento atualmente no Centro de Referência de Hipertensão e Diabetes – HIPERDIA no município. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, escolaridade, tempo de diagnóstico, tratamento, internações, prática de exercício físico, dieta e exames realizados. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas, com protocolo (26/12). Verificou-se que 48% pertenciam ao sexo feminino e 52% ao sexo masculino. Quanto à faixa etária 29% eram crianças e 71% adolescentes. Observou-se que 55% cursavam o Ensino Fundamental e 45% o Ensino Médio. De acordo com o tratamento realizado, 32% utilizavam como tratamento insulina NPH, 65% insulina NPH e regular, 6% faziam tratamento psicológico e 3% fazia controle apenas com a dieta. Em relação a dieta alimentar, 33% dos pacientes seguem a dieta alimentar recomendada. Em relação aos exames realizados 6% dos pacientes já fizeram exames de microalbuminúria, 94% de glicemia de jejum, 3% de creatinina, 48% de TSH E T4 livre; 58% de colesterol, 10% de proteinúria, 13% de fundo de olho e 6% de ultrassonografia da região cervical da glândula tireóide. O tempo médio de diagnóstico do DM1 foi de 8 anos. Em relação a ocorrências de internações em conseqüência do DM1 ao longo do tratamento 45% já foram hospitalizados. Quanto à prática de exercícios físicos verificou-se que 52% não praticavam exercício físico. Dos demais que praticavam predominou o futebol (23%). Este estudo evidencia que as crianças e os adolescentes necessitam de estar em constante adaptação de suas atividades diárias e sociais para seguir o tratamento, que exige disciplina que nem sempre é alcançada devido à dificuldade de adaptação com a doença, principalmente por se tratar de uma faixa etária juvenil.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

RESUMOS - EDUCAÇÃO FÍSICA