Mortalidade e morbidades em recém-nascidos de uma UTI- neonatal

Autores

  • Isla Waléria de Oliveira Queiroz Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Marilene Rivany Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

A mortalidade infantil é considerada um dos melhores indicadores do nível de vida de uma população e expressa à conjunção dos fatores biológicos, socioeconômicos e assistenciais da gestante e do recém-nascido (RN). A mortalidade neonatal compreende os óbitos de RN de 0 a 28 dias. O estudo busca avaliar a mortalidade dos RNs e as características de sua gestação. Por esta razão a proposta foi de determinar a prevalência de mortalidade e das morbidades neonatais; delimitar as características demográficas e clínicas e as características relacionadas a gestação dos RNs em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI - Neonatal). Trata-se de uma pesquisa de campo documental, retrospectiva, baseada em fonte de dados primária com abordagem quantitativa. O cenário desta pesquisa foi UTI - Neonatal de um hospital de médio porte do interior de Minas Gerais, o qual é referência para gestações de alto risco. A amostra abrangeu o universo de todas as Fichas de Acompanhamento Diário dos RNs do UTI - Neonatal do Hospital Antônio Dias no período compreendido desde o mês de janeiro de 2006 até dezembro de 2011. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais – FHEMIG (Parecer no 016/2011). A coleta de dados foi realizada no mês de janeiro a março de 2012. Para a pesquisa foi elaborado uma Planilha enumerada por ano, de 2006 a 2011, com variáveis que influenciam nas taxas de morbimortalidade neonatal. Foram internados 769 RNs na UTI, destes fizeram, parte do estudo 62 RNs que vieram á óbito no período de Janeiro de 2006 á Dezembro de 2011 e de 56 mães que tiveram óbito de seus filhos. Os dados obtidos revelaram uma taxa de mortalidade de 9,8% RNs internados no período, com diminuição da mortalidade no ano de 2011, predominando o óbito de prematuros (81%), de extremo baixo peso (57%), do sexo masculino (57%) e nascido de parto cesárea (70%). Dentre as características da gestação dos RNs que foram a óbito, os predominantes foram das mães entre 19 a 23 anos (28%), as de 1 gestação (55%), as que realizaram de 1 a 5 consultas de pré-natal (50%) e os exames de sorologia das doenças verticais negativos para sífilis, toxoplasmose, rubéola, hepatite B, com exceção do HIV(+) com (4%). Considerando que a maior porcentagem de óbitos esta relacionada com a prematuridade, o baixo peso, e as mães jovens, a adequada assistência ao pré-natal tem papel fundamental para redução desse índice, garantindo as gestantes a realização do pré-natal com qualidade. Além de uma adequada assistência ao parto para reduzir o número de cesarianas, e propiciar um treinamento para a equipe da UTI Neonatal, para que estes possam prestar uma adequada assistência a saúde materno-infantil na cidade de Patos de Minas. O estudo revelou que a taxa de mortalidade vem diminuindo na UTI – Neonatal e diante deste fato é necessário que as medidas tomadas para erradicar os fatores que propiciaram esses índices, sejam reforçados para que esses reduzam cada vez mais. O conhecimento das características dos óbitos neonatais é fundamental para a elaboração de indicadores epidemiológicos que representem a realidade da atenção à saúde materno-infantil, auxiliando no planejamento de estratégias que visem à redução da mortalidade neonatal e infantil.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

RESUMOS - EDUCAÇÃO FÍSICA