Frequência e determinantes do aleitamento materno em município do interior de Minas Gerais

Autores

  • Natália Matos-Borges Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cleide Chagas da Cunha‐Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Elizete Maria da Silva Moreira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

O aleitamento materno é o método mais eficiente de atender aos aspectos nutricionais, imunológicos e ao desenvolvimento de uma criança, além de trazer inúmeros benefícios tanto para a mãe quanto para a criança. Este é um momento de grande adaptação e acarreta para a mãe e o bebê um processo de aprendizagem e ajustes profundos. Apesar dos benefícios que o aleitamento materno traz tanto para o bebê, quanto para a mãe, sua prática está muito abaixo do que se é esperado e recomendado pelas organizações internacionais e nacionais, ou seja, exclusivamente até o sexto mês e complementado com outros alimentos até os dois anos de idade ou mais. O profissional de saúde que conhece bem as famílias e a comunidade cria um elo de confiança e é sem dúvida, um dos principais fatores que contribuem para o sucesso de ações de atenção à saúde. Para uma orientação materna ideal é necessária uma comunicação simples e objetiva, deve-se incentivar e apoiar a mãe no aleitamento materno, demonstrando diversas posições, promovendo relaxamento e posicionamento confortável, explicando sobre a fonte dos reflexos da criança e mostrando como isso pode ser usado para ajudar na sucção do recém-nascido (WHO, 2007; BRASIL, 2008; BRASIL, 2006; EUCLYDES, 2005). O objetivo foi identificar os aspectos da amamentação de 30 crianças de 6 a 15 meses de idade, acompanhadas em duas Unidades de Atenção Primária à Saúde no município de Carmo do Paranaíba-MG, classificando o tipo de aleitamento materno oferecido até o 6º mês de vida e identificando as principais dificuldades encontradas pelas mães no aleitamento. Estudo de natureza quali-quantitativo, com abordagem exploratória e descritiva com auxílio de padrões numéricos. Foram feitas visitas domiciliares às mães ou responsáveis pelas crianças para a realização das entrevistas. Utilizou-se um formulário contendo questões relacionadas à identificação das mães ou responsáveis e ao aleitamento das crianças. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas e autorizado pela Secretaria de Saúde do município. Com o estudo verificou-se que da maioria das mães ou responsáveis tinham entre 19 e 30 anos (43,3%) e (56,7%) eram casados. Em relação à renda mensal familiar (50%) recebiam entre 1 e 3 salários mínimos, (60%) estudaram até o ensino médio, (60%) trabalhavam fora e que a maioria (43,3%) possuía 2 filhos. Em relação às crianças (50%) eram do sexo masculino e (50%) do sexo feminino, (76,7%) apresentavam idade entre 6 e 12 meses, ainda estavam sendo amamentados (53,3%) e aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida foi o que predominou (50%), o aleitamento materno predominante foi de (43,3%) e os que foram amamentados por mamadeira foi de (6,7%). Conclui-se que mesmo que a maioria das mães deste estudo conheça a importância do leite materno e tenha amamentado seu filho exclusivamente até o sexto mês, esse tipo de aleitamento ainda não atinge as taxas esperadas e preconizados pela Organização Mundial de Saúde. Observa-se também uma deficiência no apoio e incentivo para a amamentação exclusiva na atenção primária, que é onde as mães são acompanhadas no pré-natal, momento em que os profissionais de saúde deveriam enfatizar com maior vigor as informações destinadas à amamentação.

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Publicado

2018-07-27

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Seção

Resumos