Associação entre a prática de educação física e o índice de massa corporal em escolares de Patos de Minas
Resumo
A prática de atividade física tem sido um dos principais componentes da maioria dos programas de prevenção e intervenção à obesidade na infância e adolescência, pelos benefícios à saúde, promovendo maior gasto energético e contribuindo à redução da gordura corporal. O presente artigo refere-se à pesquisa efetivada com estudantes do 6º ao 9º ano de duas escolas públicas do ensino fundamental de Patos de Minas, MG em 2012, cujas idades mediam de 11 a 16 anos. O objetivo do estudo foi investigar a correlação entre a participação nas aulas de educação física e o índice de massa corpórea (IMC). A amostra do estudo foi composta por 444 sujeitos, sendo 203 do sexo masculino e 241 do sexo feminino com idade média para os dois sexos de 12,8 anos (p<0,05). A pesquisa consiste na aplicação de um questionário aos referidos sujeitos, bem como a aferição das medidas de massa corporal e estatura, para a classificação do peso corporal, utilizando o índice de massa corporal (IMC) com valores propostos pela OMS (2007) pela identificação dos índices de obesidade, sobrepeso e normal. Na análise dos dados verificou-se no sexo masculino 146 de peso normal (71,9%), 31 com sobrepeso (15,3%) e 22 obesos (12,8%); sexo feminino 181 de peso normal (75,1%), 38 com sobrepeso (15,8%) e 26 obesos (9,1%). Do total de alunos 82%e 18% dos sujeitos do sexo feminino participam e não participam das aulas de educação física, respectivamente. Já no sexo masculino esse índice é maior, sendo 92% praticantes e apenas 8% não praticantes. Esses índices contradizem resultados encontrados pelo IBGE (2009), de que 79,2% dos estudantes são sedentários. A associação entre peso corporal e prática de educação física foi ínfima para o sexo masculino e feminino. Não houve associação relevante entre a prática de educação física e os índices de massa corpórea entre crianças e adolescentes de 11 a 16 anos de idade de escolas públicas.