Estudo comparativo entre os níveis de glicemia venosa e glicemia capilar

Autores

  • Elenir Gomes Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vanessa Pereira Tolentino Felício Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

glicemia capilar, glicemia venosa, diabetes mellitus

Resumo

Introdução e objetivo: Diabetes mellitus (DM) é um grupo de desordens metabólicas que apresenta como característica comum à hiperglicemia, ocorrendo devido a defeitos na secreção da insulina, na sua ação ou nos dois mecanismos. A hiperglicemia crônica causa dano, disfunção e falência de vários órgãos. Os níveis da glicemia sofrem influência de vários fatores e estão sujeitos a continua flutuação ao longo do dia. Podendo ser medidos por meio de exames realizados em laboratório ou em um glicosímetro. A avaliação da glicemia ao longo do dia é uma estratégia importante para se obtiver o melhor controle metabólico possível. A automonitorização da glicose é indicada para todo o paciente tratado com insulina ou agentes anti‐hiperglicemiantes orais. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo entre os níveis de glicose venosa e capilar de um mesmo indivíduo verificar se há diferença estatisticamente significante entre as dosagens e testar a eficácia dos glicosímetros usados por pessoas diabéticas como forma de controle da glicemia. Materiais e métodos: Foram coletadas amostras de pacientes voluntários escolhidos ao acaso com DM, sendo 4 mL de sangue venoso (método enzimático colorimétrico) e uma amostra de sangue capilar (aparelho AccuCheck®) por uso de lancetas. O instrumento utilizado para coleta de dados foi uma entrevista com perguntas semi‐estruturadas, abrangendo a identificação do indivíduo, sexo e tempo do diagnóstico do DM. Foi calculada uma média e um desvio padrão a partir da diferença das dosagens encontradas através da comparação dos valores glicêmicos venosos e capilares. Para a verificação das diferenças significativas entre as dosagens, foi utilizado o teste quiquadrado (χ2) de Pearson ao nível de significância de 5%, empregando o programa Microsoft Excel 97‐2003. Todos os voluntários avaliados foram informados dos objetivos desta pesquisa. Resultados e discussão: Foram avaliados 83 pacientes, sendo 38 (45,8%) do sexo masculino e 45 (54,2%) do sexo feminino. A média de idade foi 54 ± 9,01. Na avaliação da eficácia da monitorização glicêmica capilar, quando comparada à venosa, foi observada que os valores das dosagens aproximam‐se, exceto quando a dosagem venosa foi superior a 700 mg/dL. A variabilidade média da amostra foi de ±8,04. Na análise dos dados, os resultados encontrados não apresentaram variações significativas (χ2=1,30; p>0,05). Observa‐se que existe boa correlação entre a determinação da glicemia capilar pelo glicosímetro e a utilização de sangue venoso. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, pode‐se concluir que o uso da medida de glicemia capilar deve ser estimulado para a monitorização domiciliar do paciente. Na análise geral deste trabalho não mostrou diferença significativa entre as glicemias avaliadas com todos os 83 pacientes no mesmo grupo, indicando que o uso do glicosímetro é benéfico na redução de complicações em pacientes diabéticos. Os pacientes que utilizam esse tipo de aparelho devem ser devidamente orientados quanto ao seu manuseio correto, já que este teste é essencial para o controle dos níveis glicêmicos e para uma vida mais saudável.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos