Prevenção de HPV em adolescentes

Autores

  • Natalia Mendes Costa Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cleide Chagas Cunha‐Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Iara Lima Mundim Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

prevenção, HPV, adolescentes

Resumo

Introdução e Objetivo: O papiloma vírus humano (HPV) acomete ambos os sexos, sendo mais comum entre adultos jovens. Dos mais de 100 tipos virais molecularmente genotipados de HPV, 40 estão associados a infecções da mucosa genital, sendo que, os genótipos 16 e 18 constituem‐se de alto risco e estão intimamente ligados ao câncer cervical (RAMA, et al. 2006; REIS ,et al. 2010). Estima‐se que 30% da população sexualmente ativa já tenha sido infectada pelo HPV, sendo assim, constitui um problema de saúde pública. O objetivo desse estudo foi analisar o nível de informação das adolescentes sobre o HPV. Materiais e Métodos: Pesquisa de campo, descritiva, de abordagem quantitativa, realizada na Escola Estadual Amadeu Gonçalves Boaventura‐Carmo do Paranaíba/MG. Foram incluídas 53 adolescentes, do sexo feminino, entre 14 e 19 anos de idade, matriculadas em alguma das turmas do ensino médio da referida escola e que se dispuseram a participar do estudo mediante assinatura do termo de consentimento. Foi elaborado e aplicado um questionário semi‐estruturado contendo identificação, nível de informação sobre o HPV, caracterização do perfil sexual e informações sobre a realização de exame preventivo do câncer de colo uterino. Os resultados foram expostos em gráficos em forma de percentuais. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas. Resultados e Discussão: Verificouse que 68 % das adolescentes avaliadas tinham algum conhecimento em relação ao HPV. Das adolescentes entrevistadas, 45% já iniciaram vida sexual. A maior parte dessas (42%) teve a primeira relação sexual entre os 17 e 19 anos e não menos significativo os resultados apontaram que, 20 % das adolescentes iniciaram a vida sexual muito precocemente, com menos de 14 anos. Das adolescentes sexualmente ativas, 21% relatou possuir mais de um parceiro sexual e, 79% afirmaram não fazer uso de camisinha e nem de método anticoncepcional. A literatura evidencia que o inicio precoce das primeiras relações sexuais e a multiplicidade de parceiros torna as adolescentes mais vulneráveis ao HPV devido a maior exposição da zona de transformação da cérvice às lesões precursoras e carcinomatosas cervicais. Revela também que, as relações sexuais sem uso de preservativo aumentam a susceptibilidade das adolescentes não apenas ao HPV, como também a outras DST’s e a gravidez indesejada. Dentre as adolescentes sexualmente ativas, 34% nunca realizaram o exame preventivo “Papanicolau” que é a principal maneira de se detectar formas precursoras precoces de neoplasias cervicais. Conclusão: Percebe‐se a necessidade de trabalhar a educação sexual entre as adolescentes na escola e também na família uma vez que, a iniciação sexual tem sido mais precoce e, assim, as adolescentes estão expostas não apenas ao HPV, como a outras DST’s e a uma gravidez não planejada. Verificou‐se ainda a necessidade de medidas que enfatizem a importância da realização do exame de prevenção de câncer de colo uterino também entre as adolescentes sexualmente ativas.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos