Sexualidade na adolescência

prevenção e transmissão de DST’s

Autores

  • Iara Lima Mundim Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cleide Chagas Cunha‐Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Natália Mendes Costa Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

adolescentes, DST’s, sexualidade

Resumo

Introdução e objetivo: A adolescência é uma fase essencial na vida que compreende o período entre 10 e 19 anos de idade e é marcada por transformações anatômicas, psicológicas e sociais que influenciam diretamente nas mudanças sexuais. As orientações sobre a sexualidade neste período, para os adolescentes, tornam‐se importantes dado o aumento dos índices de gravidez e da incidência de doença sexualmente transmissível (DST’s). (WHO, 2001; BRETAS, et al. 2009; MENDONÇA, ARAÚJO, 2009). O presente estudo teve como objetivo verificar a percepção e cuidados de adolescentes quanto à prevenção das DST’s, os sinais e sintomas, as formas de transmissão, as formas de prevenção e as fontes de informação. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa de campo descritiva, de abordagem quantitativa e transversal na Escola Estadual “Coronel Cristiano” Lagoa Formosa – MG entre 124 adolescentes de 2º e 3º ano do Ensino Médio que se dispuseram a participar da pesquisa. Utilizou‐se um questionário semi‐estruturado contendo questões sobre a percepção e conhecimento dos adolescentes sobre as DST’s. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário de Patos de Minas. Resultados e discussão: Foi verificada iniciação sexual precoce, predominando entre 15 a 17 anos (38,71%) e os amigos (50,31%) prevaleceram como esclarecedores de informações sobre sexualidade. Destacou‐se também a escola (66,03%) como a principal fonte de informação quanto às DST’s. Este assunto não é tão desconhecido pelos adolescentes os quais relataram ter conhecimento ou mesmo ter ouvido falar de DST’s. A família, os profissionais de saúde, os amigos, a mídia, os livros, nesta sequência, foram os mais citados para o esclarecimento de dúvidas dos adolescentes quanto as DST’s. (29,55%) dos adolescentes disseram nunca terem apresentado sinais e sintomas de DST’s; dos que apresentaram (70,45%) destacaram dor ao urinar, coceira, dor durante relação sexual, diarréia, corrimento, fraqueza, suor durante à noite, vermelhidão na região genital, presen‐ ça de ínguas e perda de peso nos últimos meses. Com relação ao conhecimento, prática e medidas preventivas quanto as DST’s um número significativo (43,24%) relatou uso de preservativo em todas as relações sexuais, outros (4,73%) afirmaram não usar preservativos pois confiam plenamente no parceiro, alguns (17,57%) relataram consultar o médico regularmente para exames, uma minoria (5,41%) usa camisinha somente nas primeiras relações com o mesmo parceiro e também (5,41%) diz perguntar se o parceiro tem DST antes da relação sexual, boa parte dos adolescentes (23,64%) optam por outros métodos. Conclusão: Diante da iniciação sexual cada vez mais precoce e consequente exposição dos adolescentes às DST’S, cabe aos profissionais de saúde especialmente no âmbito escolar, a promoção de medidas educativas, a fim de minimizar os possíveis riscos diante das relações sexuais, buscando assim medidas seguras para uma relação sexual mais saudável, além de sanar dúvidas e fornecer informações concretas.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos