Associação do tratamento de úlcera venosa ao tipo de coberturas

relato de experiência

Autores

  • Marina Maciel Nascentes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Odilene Gonçalves Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Ana Paula dos Santos Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Keity Lara Sousa Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Maria Lúcia Nogueira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

úlcera venosa, insuficiência vascular, tratamento de feridas

Resumo

Introdução e Objetivo: a úlcera venosa (UV) é uma doença de grande prevalência entre a população adulta, existindo vários aspectos e causas para o desenvolvimento da mesma, sendo um deles a idade (ABBADE; LASTORIA, 2006). Elas acometem principalmente os membros inferiores, conseqüente do aumento da pressão venosa que irá ocorrer devido a uma insuficiência que gera uma seqüência de alterações tais como edema, hiperpigmentação, eczema. Irá acometer mais o maléolo e panturrilhas, podendo acometer mais raramente os pés (YAMADA; SANTOS, 2000). Influenciam na qualidade de vida, interferindo na vida social e atividades diárias. Piorando se não tratadas corretamente, acarretando um longo prazo na cicatrização e recorrência (ABBADE; LASTORIA, 2006). O objetivo desse trabalho é relatar a experiência do tratamento de uma úlcera venosa utilizando a sistematização da assistência de enfermagem. Materiais e Métodos: trata de um relato de experiência, estudo descritivo com uma paciente, 81 anos, que fez o acompanhamento de sua ferida no Centro Universitário de Patos de Minas durante quatro meses, apresentando uma úlcera venosa, estenose aórtica e insuficiência renal crônica. O tratamento baseou‐se na limpeza da ferida com solução fisiológica aquecido em jato e coberturas em fases distintas do tratamento, sendo a paciente acompanhada em dias alternados de acordo com a necessidade e sua evolução documentada através de fotos. O tratamento foi conduzido seguindo o protocolo de feridas do projeto de extensão “Tratamento de feridas crônicas”. Resultados e Discussão: observamos que com a utilização das coberturas adequadas e a limpeza na técnica asséptica em cada fase do tratamento a ferida evoluiu de forma uniforme. Primeiramente no tecido necrótico que cobria todo o dorso do pé, foi utilizado alginato de cálcio e hidro‐gel nas exposições de tendões, obtendo uma melhora da quantidade de secreção e do tecido necrótico. Em uma segunda fase passou a ser utilizada a papaína a 6% no restante de tecido necrótico existente e hidrogel. Após redução da ferida, diminuição de secreção, passou a ser utilizado placa de hidrocoloide até a total cicatrização da úlcera. AGE foi utilizado sempre em região peri lesional. O alginato é uma fibra indicada para ferida com exsudato e presença de tecido necrótico, (CALIANNO, 2003). O hidrogel é um gel de polímeros utilizado para manter o leito da ferida úmido favorecendo a cicatrização (CALIANNO, 2003). AGE é um óleo linoléico utilizado para manter a integridade e elasticidade da pele (MANHEZI; BACHION; PEREIRA, 2008). Papaína, derivada do mamão papaia, é utilizada para debridamento de tecido necrótico (FERREIRA; et al.,2005). Hidrocoloide mantém a ulcera úmida, diminui a produção de fibrina e aumenta produção de colágeno, auxiliando na cicatrização (MARTÍNEZ; et al.;2000). Conclusão: Durante o tratamento foi realizado um atendimento de forma holística, dentro da sistematização de assistência da enfermagem, podendo ter um resultado melhor de cicatrização. O estudo possibilitou avaliar a evolução de uma paciente com uma úlcera venosa, que cicatrizou, realizando o tratamento correto. Um ponto importante foi o interesse da paciente em melhorar, atendendo a todas as orientações dadas, como repouso, boa alimentação, o uso de medicações e condutas com a ferida, observando melhora da ferida e doenças de base.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos