Os internos na ILP’s de São Gonçalo do Abaeté‐MG

perfil e condições de saúde

Autores

  • Luciana Ferreira de Almeida Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Elizete Maria da Silva Moreira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Martha Elisa Ferreira de Almeida Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

avaliação nutricional, parâmetros clínicos, ILP’S

Resumo

Introdução e Objetivos: A população brasileira está envelhecendo de forma acelerada, sendo que em 2025 as perspectivas são de que 15% da população será idosa. O presente estudo objetivou avaliar as condições nutricionais por meio da avaliação nutricional e dos sinais vitais em internos da Instituição de Longa Permanência (ILP) para idosos de São Gonçalo do Abaeté, MG. Materiais e Métodos: A população foi composta de 30 pacientes, sendo adultos e idosos com idade de 41 a 80 anos. Os parâmetros clínicos avaliados foram: pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e frequência respiratória e foi utilizada uma mini‐avaliação nutricional adaptada. Trata‐se de um estudo com abordagem descritiva e exploratória com ênfase na qualidade da assistência. Resultados e Discussão: Do total de internos estudados 46,67% eram mulheres e 53,33% eram homens. A idade dos avaliados variou de 41 a 80 anos, sendo 14 adultos e 16 idosos. Os adultos apresentaram idade média de 48,71±6,80 e 47,43±3,69 anos, enquanto para os idosos a média foi 66,86±4,74 e 64,44±6,25 anos. Quanto ao estado civil observou‐se que 70,00% eram solteiros. Dentre as justificativas para a permanência dos pacientes na instituição, observou‐se que 36,66% foram abandonados pelos familiares por não terem como cuidar ou não saberem prestar os cuidados necessários. Da população adulta estudada, 57,14% relataram que foram para a ILP por opção, porque não tinham familiar vivo ou, quando tinham viram‐se obrigados a fazer tal escolha. Quando questionados sobre a existência de doenças em antecedentes familiares, foi relatado que 36,66% tinham doenças crônicas, 30,00%, doenças agudas e 33,33% não tinham doenças ou não sabiam relatar. Quanto às doenças crônicas, observou‐se que a hipertensão arterial foi mais frequente e estava presente em 50,00% dos familiares. Foi relatado que 26,66% dos avaliados fumavam diariamente e que nenhum fazia uso de bebida alcoólica. Através do exame físico, foi observado que 50,00% dos internos eram hipertensos. A variação de temperatura entre 35,5 a 37,5ºC foi observada em 86,66% dos internos avaliados. A variação do pulso, entre 60 a 100 bpm, foi observada em 66,66% dos avaliados e a frequência respiratória variando entre 12 a 20 rpm foi observada em 73,33% dos avaliados, valores considerados como a não existência de disritmias cardíacas e boa expansibilidade dos pulmões. Foi observado que 100,00% dos avaliados eram dependentes, sendo que o grau de dependência está associado à realização das atividades diárias e expressa a capacidade funcional no idoso em relação aos cuidados básicos. Conclusão: Embora 14 dos internos estudados apresentassem idade média de 41 a 59 anos, a tendência de diminuição das variáveis nos parâmetros clínicos, segue a mesma de outros estudos com população idosa, no entanto os valores se diferem. Assim, considera‐se que esse estudo seja um despertar para questões ligadas à assistência multi‐profissional (de modo específico os profissionais da enfermagem) dos idosos nas ILP’S como ponto de reflexão, para entender‐se melhor a problemática vivenciada por essa população ou seu processo de inserção nessas instituições.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos