Os sentimentos na análise do comportamento

Autores

  • Marina Araújo Mendes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vera Nascentes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Victor Matheus Pereira Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Cíntia Marques Alves Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

sentimentos, análise do comportamento, psicologia

Resumo

Introdução e Objetivo: Uma das críticas infundadas e difundidas sobre Skinner refere‐ se ao fato dele negar os sentimentos. Segundo Skinner não se imaginam que os behavi‐ oristas tenham sentimentos, nem que, ao menos, admitam possuí‐los. Dentre as muitas formas em que o behaviorismo tem sido interpretado de forma equivocada por muitos anos, talvez essa seja uma das mais comuns. Materiais e métodos: Este é um trabalho de revisão de literatura que pretende elucidar e esclarecer um pouco sobre a noção dos sentimentos/ emoções com base nas obras de Skinner e outros autores que postularam sobre este assunto. Resultados e discussão: Skinner (1991) evidencia que a criança ao nascer já encontra um contexto onde, aos poucos, vai aprender a nomear e definir o que está sendo sentido, através da história de reforçamento, ao longo da vida. Hélio Guilhardi (2002) postula que as pessoas discriminam estados corporais (produzidos pela sua interação com eventos ambientais), nomeiam esses estados corporais de acor‐ do com nomes de sentimentos aprendidos com sua comunidade verbal e, finalmente, atribuem às palavras assim aprendidas, a função de causar comportamentos. Skinner (1991) esclarece que a análise experimental do comportamento favorece a nossa com‐ preensão dos sentimentos por esclarecer os papéis dos ambientes passado e presente. As emoções são aprendidas pelo indivíduo no decorrer das suas interações nos vários contextos à medida que são reforçadas ao longo da história de vida. As emo‐ ções/sentimentos alteram a probabilidade do sujeito se comportar de uma dada manei‐ ra devido as consequência que este comportamento pode trazer. Souto (2010) postula que as emoções modificam o organismo como um todo e envolvem uma grande mu‐ dança em todo o seu repertório comportamental. Habituou‐se, na prática da comuni‐ dade verbal, a chamar de sentimento àquilo que é sentido no corpo. Na verdade, seria mais preciso dizer que o que você sente é o seu corpo se comportando (GUILHIARDI 2002). O que é sentido não é uma causa inicial ou iniciadora. Não choramos porque estamos tristes, ou sentimos tristeza porque choramos; choramos e sentimos tristeza porque alguma coisa aconteceu. É fácil confundir o que sentimos como uma causa, porque nós o sentimos enquanto estamos nos comportando, mas os eventos que são de fato responsáveis pelo que fazemos encontram‐se nas contingências ambientais recen‐ tes ou distantes no tempo. Conclusão: A análise do comportamento favorece a com‐ preensão dos sentimentos por esclarecer os papéis dos ambientes passado e presente (SKINNER, 1991), mas não atribui a eles a causa do nosso comportamento. Ao contrá‐ rio, os percebe como comportamentos que também precisam ser analisados e compre‐ endidos.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos