Senso de autoeficácia e bem‐estar subjetivo dos idosos de Patos de Minas
Palavras-chave:
senso de autoeficácia, bem‐estar subjetivo, idososResumo
Introdução e objetivo: o envelhecimento populacional vem ganhando relevância nos últimos tempos, e vários fatores vem contribuindo para que este fenômeno ocorra, como o avanço da medicina, saneamento, avanço tecnológico, controle da natalidade e baixa mortalidade. Com o envelhecimento da população e o aumento da perspectiva de vida das pessoas, aumenta também o interesse da comunidade e dos cientistas na busca de um envelhecimento saudável. O avanço do conhecimento empírico sobre as relações entre o senso de auto‐eficácia e o bem‐estar subjetivo dos mais velhos possui grande importância para a teoria e para a prática, possibilitando prevenções que ajudarão de forma eficaz aos profissionais que se ocupam da qualidade de vida dos idosos. Segundo Neri (2005), o bem‐estar subjetivo resulta da avaliação que o individuo realiza sobre as suas capacidades, as condições ambientais e a sua qualidade de vida, a partir de critérios pessoais combinados com os valores e as expectativas que vigoram na sociedade. Sua avaliação pode ser feita em termos globais e aspectos selecionados da vida (domínios), tais como família, amizade, a saúde física e mental, podendo também incluir medidas cognitivas que se refere à forma como fazemos julgamentos e emocionais que seria a forma como lidamos com sentimentos de alegria, tristeza.A auto‐eficácia refere‐se à avaliação que o indivíduo faz de sua habilidade de realizar ou executar uma tarefa dentro de certo domínio como realização profissional, autonomia, manutenção da saúde e capacidade de contatos sociais. Ela é descrita como um julgamento sobre a própria capacidade de conseguir um determinado desempenho ou resultado (Fortes Burgos, 2008). Materiais e métodos: trata‐se de uma pesquisa descritiva de campo quantitativa. O presente estudo tem o objetivo descrever o senso de auto‐eficácia e o bem‐estar subjetivo dos idosos do município de Patos de Minas‐MG. A amostra foi composta por 364 pessoas acima de 60 anos de idade. A maioria era do sexo feminino, a idade média foi de 68,9 anos com um desvio padrão de 7,3. O critério de inclusão foi para os participantes que atingissem o escore mínimo esperado no Mini Exame do Estado Mental. Instrumentos: entrevista, Escala de Lawton (Brasil,2006), Mini‐exame do Estado Mental (Bertolucci et. al., 1994), Escala de Autopercepção de eficácia (Fontes, 2006) e Escala para medida da satisfação geral com a vida (De Vitta, 2001). Resultados e discussão: Na amostra 92% são independentes para a realização de tarefas diárias. Os resultados mostraram que os participantes de modo geral têm uma percepção positiva em relação à auto‐eficácia, ou seja, a maioria dos idosos avalia‐se como capazes de administrar satisfatoriamente as atividades do seu cotidiano. Tendo uma correlação positiva com o bem‐estar subjetivo que representa a forma como o idoso avalia sua vida de modo geral e a satisfação na vida no momento. Conclusão: na presente amostra foi possível concluir que apesar das perdas e declínios relacionados ao envelhecimento, os idosos encontram‐se com ótimas reservas internas para se perceberem capazes e avaliarem sua vida de forma positiva.