Avaliação socioeconômica e antropométrica de escolares de escola pública e privada de Patos de Minas

Autores

  • Letícia Araújo Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luciana Mello Ribeiro Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Karyna Maria de Mello Locatelli Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

avaliação nutricional, avaliação socioeconômica, escolares

Resumo

Introdução e Objetivo: A obesidade precoce vem apresentando dados alarmantes em todo o mundo, e se tornando um problema de saúde pública também no Brasil. As crianças com sobrepeso podem ter consequências a curto e longo prazo. A prevenção contra esse distúrbio alimentar deve ser feita desde o nascimento da criança. Esse trabalho objetivou avaliar o estado nutricional através do IMC dos escolares além de aplicar nas famílias um questionário de múltipla escolha com a finalidade de verificar o perfil socioeconômico e relacionar o estado nutricional com a condição socioeconômica. Materiais e métodos: Utilizou‐se de um estudo prospectivo de característica descritiva. A amostragem de conveniência com público‐alvo compreendeu escolares de 7 a 10 de uma escola pública e uma privada, escolhidas aleatoriamente, do município de Patos de Minas – MG, em 2010. Para avaliar o estado nutricional foi utilizado uma fita métrica de 150 cm para a medida de estatura e uma balança digital com capacidade de 0 a 150 kg/100g para a medida de peso. Os dados peso/altura foram relacionados com os itens: idade, sexo, peso e altura. E por fim foi elaborado um questionário exploratório sobre crianças e sua família em relação a situação socioeconômica. Resultados e Discussão: O estudo foi realizado com 82 crianças, sendo 62% (51) do sexo feminino e 38%

(31) do sexo masculino; com média de idade de 8,74 ± 1,14 anos. A partir do questionário socioeconômico observou‐se que a maioria das famílias eram constituídas de 3 a 4 pessoas, moram em casa própria, com boas condições de moradia e rede de esgoto. Em relação à de renda das famílias, segundo critérios adotados, observou‐se que a renda familiar está na faixa entre 1 a 6 salários mínimos, já na escola privada a maioria das famílias possuem renda de 7 a acima de 10 salários mínimos. De acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde MS/1998, foram identificados na escola pública: 2% baixo peso, 10% de risco de desnutrição, 58% adequado ou eutrófico, 20% de risco de obesidade e 10% com obesidade. Na escola privada, 2% baixo peso, 10% risco de desnutrição, 56% adequado ou eutrófico, 15% risco de obesidade e 17% com obesidade. A análise dos resultados mostrou‐nos que a maioria das crianças seja da escola pública, seja da escola privada, encontram‐se em estado nutricional adequado, porém observa‐se também que 30% dos estudantes da escola pública e 32% da escola privada encontram‐se com o peso acima do adequado. Conclusão: Podemos concluir que há uma prevalência de excesso de peso e obesidade. Na amostra, alunos de escola pública e privada não foram observada distinção nos resultados, ou seja, os mesmos independem da condição socioeconômica. Nesse contexto, as instituições educacionais se mostram como locais ideais para a apuração de irregularidades. Da mesma forma, as escolas são ambientes propícios para se fomentar um estímulo à alimentação saudável e a boas práticas de atividades físicas, contribuindo então para que essas irregularidades venham a diminuir, e ou mesmo, evitar que novos casos surjam.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos