Estado nutricional e ingestão alimentar de pacientes oncológicos

Autores

  • Aline Cardoso Paiva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Alyne Gonçalves Andrade Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

estado nutricional, ingestão alimentar, câncer

Resumo

Introdução o Objetivo: A avaliação do estado nutricional e da ingestão alimentar do paciente oncológico deve ser prioridade no plano terapêutico, favorecendo, assim, o controle do peso corporal e à melhora da qualidade de vida. Portanto, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar o estado nutricional e a ingestão alimentar de pacientes onco‐ lógicos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal com pacientes em tratamento oncológico cadastrados em uma fundação de apoio e prevenção às pessoas com câncer no município de Patos de Minas – MG. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas, sob nú‐ mero do protocolo 29/10. Inicialmente os participantes do estudo foram encaminhados ao Ambulatório de Nutrição para preenchimento dos questionários socioeconômico, e sobre a saúde e alimentação de cada um dos participantes, individualmente. Foi reali‐ zada a avaliação do estado nutricional e da ingestão alimentar. Os dados foram avalia‐ dos no programa Microsoft Office Excel® e Epi‐Info 3.5.1® 2008, em que foram calcu‐ lados as frequências, as médias e os desvios padrão. Resultados e Discussão: Partici‐ param do estudo 29 pessoas com idade média 57 ± 13,1 anos, sendo 48,28% do sexo masculino e 51,72% feminino. Dentre os participantes a maioria (52%) era idosa. Avali‐ ando os dados sobre a localização do câncer, observou‐se que a maioria dos voluntá‐ rios apresenta tumor na mama, colón e na próstata, porém, vários outros locais tam‐ bém foram citados. A maioria dos voluntários (96,55%) relaram estar em tratamento antineoplásico, há um período médio de 25,71 ± 33,47 meses, variando de 1 mês a 13 anos. Avaliando a presença efeitos colaterais do tratamento observou‐se que 79% apre‐ sentam lesões na boca/garganta, boca seca, xerostomia, náuseas, vômitos, intestino pre‐ so, perda de apetite, diarreia, cansaço e dor. Em relação ao estado nutricional foi identi‐ ficado que 34,48% dos pacientes apresentam estado nutricional na faixa de normalida‐ de, 41,38% estavam com sobrepeso, 6,90% com obesidade e 17,24% estavam abaixo do peso. Avaliando a ingestão alimentar observou‐se que a ingestão diária de calorias e macronutrientes foram baixas, comparada com a recomendação diária. A média do consumo total de calorias por dia foi de 1.253, 68 ± 709,29 kcal/dia, onde 60,8% tinham uma ingestão calórica adequada. Com base nos dados da frequência alimentar, obser‐ vou‐se que consumo de carne é diário pelos voluntários, 79,31% dos pacientes fazem uso do óleo vegetal. Grande parte da população (79,31%) relatou consumir leite e seus derivados diariamente. A média de ingestão diária de frutas foi de apenas 23,45%. A ingestão de verduras e legumes por esta população foi alta, no que se refere principal‐ mente ao consumo diário de vegetais folhosos (96,55%), tomate (89,65%), cenoura (72,42%), cebola (86,20%), abobora (72,42%), etc. Conclusão: Pode‐se observar que a embora a média da ingestão alimentar tenha sido baixa e a maioria apresentava efeitos colaterais do tratamento grande parte da amostra se encontrava acima do peso ou eu‐ trófico. A qualidade da alimentação foi bem diversificada, porém o consumo de frutas relatado foi baixo

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos