Quedas na terceira idade

prevalência, fatores associados e atuação da fisioterapia

Autores

  • Luciana Sousa Magalhães Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Juliana Pereira Caixeta Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

idoso, quedas, fisioterapia

Resumo

Introdução e objetivo: A perspectiva de crescimento da população acima de 60 anos colocará o Brasil, dentro de 25 anos, como a 6ª‐ maior população de idosos no mundo em números absolutos. Atualmente, contamos com o número de 16 milhões de indiví‐ duos com 60 anos ou mais, que passará a ser 32 milhões em 2025, que representará 15% de nossa população total. Os fisioterapeutas devem ter conhecimento sobre como evi‐ tar quedas e orientar os idosos, para que possam mudar alguns hábitos, e devem orien‐ tar também os familiares e cuidadores para que possam fazer adaptações necessárias no ambiente onde o paciente se encontra. O presente estudo teve com objetivo verificar as principais causas, prevalências, e fatores associados às quedas em idosos não insti‐ tucionalizados e atuação da fisioterapia. Material e Métodos: Foi realizada uma pes‐ quisa quantitativa descritiva aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob protocolo numero 46/11, mediante aplicação de um questionário contendo 10 questões fechadas com 30 indivíduos com idade de 60 anos ou mais, que aceitaram participar da pesquisa mediante assinatura do TCLE ( Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), em agos‐ to de 2011. Resultados e Discussão: Os resultados revelaram que a maioria dos idosos participantes é do sexo feminino e 40% apresenta idade acima de 70 anos. No que tan‐ ge à relação entre o sexo dos questionados e o nº de quedas, verificou‐se que a maior parte dos entrevistados 86,7%, sofreu quedas, sendo que as mulheres caem mais, 58% relataram ter sofrido de 1 a 5 quedas que ocasionaram fraturas. Desses 38% relataram ter ficado imobilizado, e 69% relatou ter medo de cair novamente. Corroborando com a literatura que mostra que nas faixas etárias mais velhas da população, a proporção de mulheres caidoras é maior que a de homens e com maior risco de sofrer outras quedas e de ter fraturas. Em relação aos tipos de quedas, 30% dos questionados com idade acima de 70 anos, relatou que escorregou e quanto ao local das quedas, 53% responde‐ ram que foi fora de casa. Os resultados revelaram que dos fatores extrínsecos que são atribuídos ao ambiente, e que podem ocasionar quedas, a maior parte, 35% foi à ausên‐ cia de suporte no banheiro, 31% a ausência de corrimão nas escadas, 25% objeto espa‐ lhado pelo chão, 6% obstáculos entre o quarto e o banheiro, e 3% a iluminação inade‐ quada. Conclusão: Pode‐se concluir que as mulheres nas faixas etárias mais velhas têm mais risco de sofrer quedas e de ter como consequências fraturas, imobilização e medo de cair. E que é possível prevenir quedas e os fisioterapeutas têm que identificar aque‐ les com maior risco, analisar os fatores determinantes e extrínsecos e até mesmo o am‐ biente em que o idoso vive para orientar quanto à prevenção. Esse profissional também deve assegurar uma reabilitação pós‐queda efetiva, tratando os declínios funcionais, atuando na promoção de saúde, e na prática de atividades físicas.

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Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos