Equoterapia como mecanismo facilitador no desenvolvimento neuropsicomotor em paciente com síndrome de west

benefícios e repercussões

Autores

  • Érica Diniz Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Fabrício Rocha Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

síndrome de west, equoterapia, desenvolvimento neuropsicomotor

Resumo

Introdução e Objetivo: A Síndrome de West é definida como uma forma grave de epilepsia em crianças. Recebe o nome em homenagem ao médico inglês William James West, que foi quem primeiro descreveu a síndrome em 1841. Constitui 1,4% das epilepsias da infância, sendo observado o seu aparecimento com maior frequência dos três aos oito meses de idade. A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desen‐ volvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais. O presente estudo objetivou mostrar aos leitores a influência da equoterapia no desenvolvimento neuropsicomotor em paciente com diagnóstico clínico de Síndrome de West. Material e Métodos: O presente estudo acompanhou uma criança do sexo feminino, 4 anos, com diagnóstico clínico de Síndrome de West e diagnóstico funcional de tetraplegia mista moderada com maior comprometimento em membros inferiores. Esta pesquisa foi baseada teoricamente a partir de livros, apostilas de cursos de equoterapia e artigos científicos publicados no período compreendido entre 1987 e 2007. Recursos materiais foram necessários para o seu desenvolvimento. Foi utilizado um picadeiro com o chão recoberto com areia, cabeçada, manta, cabresto, rampa e um cavalo castrado, devidamente adestrado para a prática equoterapêutica. Foram realizadas 15 sessões de equoterapia na Hípica W Horses Brasil, situada na cidade de Patos de Minas – MG. Durante os atendimentos foi realizada montaria dupla, uma vez que a praticante não apresentou condições físicas e/ou mental para se manter sozinha sobre o cavalo. Resultados e Discussão: A equoterapia promoveu uma maior interação entre a criança com diagnóstico clínico de Síndrome de West e o cavalo equoterápico, bem como o alinha‐ mento postural, relaxamento muscular, ajuste tônico e dissociação da cintura escapular e pélvica da praticante. Durante os atendimentos a criança buscou a simetria de cabeça e conseguiu‐se observar uma melhora no equilíbrio, no tônus muscular e na movimentação de seus membros superiores e membros inferiores. Conclusão: A contribuição da equoterapia para a praticante foi de grande importância em seu desempenho evolutivo geral. Além dos ganhos físicos notáveis, houve uma melhora significativa no componente mental da criança com Síndrome de West pós‐intervenção equoterapêutica.

Downloads

Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

RESUMOS - EDUCAÇÃO FÍSICA