Equoterapia como mecanismo facilitador no desenvolvimento neuropsicomotor em paciente com síndrome de west
benefícios e repercussões
Palavras-chave:
síndrome de west, equoterapia, desenvolvimento neuropsicomotorResumo
Introdução e Objetivo: A Síndrome de West é definida como uma forma grave de epilepsia em crianças. Recebe o nome em homenagem ao médico inglês William James West, que foi quem primeiro descreveu a síndrome em 1841. Constitui 1,4% das epilepsias da infância, sendo observado o seu aparecimento com maior frequência dos três aos oito meses de idade. A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desen‐ volvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais. O presente estudo objetivou mostrar aos leitores a influência da equoterapia no desenvolvimento neuropsicomotor em paciente com diagnóstico clínico de Síndrome de West. Material e Métodos: O presente estudo acompanhou uma criança do sexo feminino, 4 anos, com diagnóstico clínico de Síndrome de West e diagnóstico funcional de tetraplegia mista moderada com maior comprometimento em membros inferiores. Esta pesquisa foi baseada teoricamente a partir de livros, apostilas de cursos de equoterapia e artigos científicos publicados no período compreendido entre 1987 e 2007. Recursos materiais foram necessários para o seu desenvolvimento. Foi utilizado um picadeiro com o chão recoberto com areia, cabeçada, manta, cabresto, rampa e um cavalo castrado, devidamente adestrado para a prática equoterapêutica. Foram realizadas 15 sessões de equoterapia na Hípica W Horses Brasil, situada na cidade de Patos de Minas – MG. Durante os atendimentos foi realizada montaria dupla, uma vez que a praticante não apresentou condições físicas e/ou mental para se manter sozinha sobre o cavalo. Resultados e Discussão: A equoterapia promoveu uma maior interação entre a criança com diagnóstico clínico de Síndrome de West e o cavalo equoterápico, bem como o alinha‐ mento postural, relaxamento muscular, ajuste tônico e dissociação da cintura escapular e pélvica da praticante. Durante os atendimentos a criança buscou a simetria de cabeça e conseguiu‐se observar uma melhora no equilíbrio, no tônus muscular e na movimentação de seus membros superiores e membros inferiores. Conclusão: A contribuição da equoterapia para a praticante foi de grande importância em seu desempenho evolutivo geral. Além dos ganhos físicos notáveis, houve uma melhora significativa no componente mental da criança com Síndrome de West pós‐intervenção equoterapêutica.